Logo na entrada da casa na Avenida 17 de Agosto, uma placa chama atenção: "Este terraço é um pedaço do Clube Náutico Capibaribe. Aqui, desde 1962, alvirrubros se reúnem para falar da sua maior paixão”. No Conjunto Residencial Jardim Carioca, mais do que a casa do Grande Benemérito Ricardo Breno, alvirrubro vivo com a mais alta honraria para um sócio do clube, está o encontro mais simbólico de torcedores do Timbu.
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Há 56 anos, ex-jogadores, ex-presidentes, ex-diretores, colaboradores e figuras ilustres do passado, presente e futuro se encontram para debater sobre a equipe de Rosa e Silva. E no final de semana que se completa meio século da maior conquista da agremiação, o encontro das sextas-feira foi temático, em homenagem ao hexacampeonato.
“Essa placa que se lê, assim que se chega aqui, é verdade. Esse terraço é um pedaço do Náutico. Desde 1962, nos reunimos aqui semanalmente para discutir, pensar e falar sobre a nossa maior paixão. Figuras expressivas do clube, como ex-presidentes, sócios beneméritos e eméritos, diretores e colaboradores se juntam para falar e comemorar os 50 anos do hexa”, explicou Ricardo Breno, que desde 1941 atua no Náutico, de orador infantil até a presidência executiva, além de ter trabalhado também em vários outros esportes na Rosa e Silva.
O JC esteve na casa de Kaká no dia 13 de julho. Lá, estiveram presentes 21 pessoas para o encontro semanal. Entre torcedores ilustres, colaboradores, ex-dirigentes e ex-jogadores. Destaques para Ivan Brondi, o que mais jogou com a camisa do Náutico no hexa, Ramos, ex-atacante e autor do gol do título do hexa contra o Sport, em 1968, e Salomão, um dos melhores volantes que já passaram pelo Timbu.
Figura mais emblemática do hexa, participando de 125 dos 140 jogos da caminhada para os seis títulos consecutivos, Ivan Brondi é uma das figuras mais assíduas dos encontros na casa do Grande Benemérito.
“Não posso renunciar ao meu passado. Tenho um orgulho muito grande de ter pertencido ao Clube Náutico Capibaribe. Ter conseguido, com ele e para ele, as glórias que ostenta. Dei o que eu sabia e o Náutico pagou o que podia. O clube ficou satisfeito e eu fui vitorioso. Era um grupo muito unido. Até hoje, você vê aqui eu, Salomão, Ramos... os outros, que já foram, também eram muito ligados com a gente. Estou muito feliz de pertencer e ainda estar vivo para comemorar os 50 anos do hexa”, afirmou Ivan.
Autor do gol do sexto título, contra o Sport, Ramos só participou da campanha do hexa na última temporada. Exatos 50 anos depois, continua muito ligado ao Náutico. Até hoje, se reúne com os ex-atletas no “terraço do Hexa”. “Isso aqui é muito bom. É a recompensa e a valorização de todos nós. Queria que ainda tivessem mais alguns companheiros aqui com a gente. Tive a felicidade de fazer gol, mas compartilho o hexa com os 13 que jogaram: 11 titulares mais Rato e Ed, que entraram durante a partida”, disse o ex-atacante.
UNIÃO
Há 77 anos prestando serviços ao clube, Ricardo Breno aproveitou a reunião do hexa para fazer um pedido às gerações mais novas. “O meu conselho é que se aproximem, fiquem e se juntem ao Náutico. Nós somos uma família. Um clube de 117 anos com um passado fabuloso e um futuro promissor. Continuamos na busca e no caminho do sucesso. Os jovens alvirrubros que se unam e compartilhem com todos esse desejo de estar sempre servindo e amando cada vez mais o Clube Náutico Capibaribe”, finalizou.