Em um passado recente, o Náutico precisou se desdobrar para que a sua sede não fosse leiloada em razão de dívidas com a Justiça do Trabalho. Para evitar que os bens alvirrubros voltem a ser comprometidos, assim como um provável bloqueio de receitas futuras, a gestão do presidente Edno Melo colocou como essencial resolver, ao menos, parte dessas pendências. Na manhã desta quarta-feira (1), o vice presidente do executivo, Diógenes Braga, revelou, em entrevista à Rádio Jornal, que os acordos na Justiça têm sido o caminho para o Timbu atenuar o problema.
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"A verdade é que, quando você analisa a situação de um clube, tem de entender que alguns problemas têm de ser enxergados como fundamentais para você sobreviver. Essa realidade (dívidas trabalhistas) não é só do Náutico. Há inúmeros clubes do Brasil passando por isso. E há uma necessidade muito grande de estancar. Se não há um cuidado com isso, há aumento de dívidas e, um dia, chega a conta. Com o bloqueio de tudo que você tem a receber. Então, ou começa a tratar disso ou então você não consegue fazer as coisas. O Náutico está conseguindo em boa parte com acordos. O atleta, quando sai, tem a receber um "x" e você negocia um valor que o clube e o atleta julguem aceitável", comentou.
MEDIDAS
Para conseguir honrar os acordos que vêm sendo feitos na Justiça, o Náutico tem trabalhado para manter a saúde financeira, com medidas e cuidados que visam a não desperdiçar receitas.
"Foi fundamental a diminuição dos funcionários do clube. Algo que foi muito penoso, tirar funcionário. Mas tivemos de fazer. Também investimos em uma folha enxuta. Tratar situações para minimizar muito os erros de contratação. Existe um limite, não estamos nessa condição toda. O dinheiro que entra vem sendo bem distribuído e, com isso, estamos conseguindo honrar com esses acordos (na Justiça do Trabalho). Olhamos o Náutico não só nessa gestão, mas para o futuro, para que o clube possa crescer", completou Diógenes.