Com o melhor ataque do Grupo A da Série C do Campeonato Brasileiro, o Náutico vai precisar manter o ritmo ofensivo dos últimos jogos para superar o Bragantino, pelas quartas de final da competição. Isso porque o adversário vem com a segunda melhor defesa do Grupo B e a terceira do campeonato, transformando os confrontos do acesso para a Segundona em um duro embate entre ataque e defesa. A começar pelo duelo de amanhã, a partir das 16h, em Bragança Paulista, São Paulo.
Mesmo diante desse obstáculo, o técnico Márcio Goiano confia no retrospecto positivo do elenco alvirrubro, que é o de estar sempre fazendo gols. A única partida em branco do Timbu com o treinador foi a derrota por 2x0 para o ABC.
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Segundo o comandante alvirrubro, o Bragantino não propõe jogo, mas explora o erro do time adversário. “Eles conseguem fazer essa marcação em função da forma que jogam. Defendem e saem no contra-ataque ou com bolas longas”, explicou. Goiano ressaltou ainda a atenção para não se cometer erros. Apesar do forte da equipe paulista ser a defesa, o sistema ofensivo funciona em função dos atacantes rápidos que o time de Bragança tem. “Eles têm dois jogadores rápidos na frente, que são o Vitinho e o Marquinhos. Também têm essa transição do Chorão e do Matheus, que são dois centroavantes que fazem essa combinação, no sentido de flutuar como meias”, destacou.
O Bragantino levou apenas 16 gols e marcou 21, contra os 26 gols marcados e 22 sofridos pelo Náutico. Mesmo com o número alto de gols levados, o Timbu reduziu a média de gols por jogo desde a entrada de Márcio Goiano. Foram 10 tomados nas 12 partidas que o atual treinador comandou, enquanto que nas seis rodadas anteriores, o time já havia levado 12. O ataque também ficou em alta no período. Antes da troca de treinador, apenas seis gols foram marcados. A partir da sétima rodada, já com Márcio, o time fez 20.
ESTRATÉGIA
Desde que o Náutico assumiu a liderança, o Bragantino já era alvo dos analistas alvirrubros. De acordo com o treinador, o estilo que o técnico Marcelo Veiga joga é característico para definir como o Timbu pode se defender. “Eu vou muito pela leitura do próprio treinador. O Marcelo Veiga jogou muitos anos com três zagueiros e hoje, com mudanças, joga no 4-2-3-1”, destacou. As observações de reposição de bola do time de Bragança Paulista vieram depois de vários jogos assistidos. “São situações que nós trabalhamos ontem e mostramos aos atletas”, acrescentou
Dentro desse contexto, Márcio Goiano elabora a estratégia para se dar bem no mata-mata. A ideia é dominar a posse de bola e ter a inteligência de mantê-la com o time. Caso contrário, o Náutico pode sofrer com alguma investida do adversário. “Se você for pegar alguns gols que eles fizeram, foi mais ou menos isso: zagueiro joga a bola para frente, brigam pela primeira bola, que acaba sobrando e eles conseguem marcar. O Bragantino é uma equipe que, eu imagino, previsível. Então a gente tem que fazer esse encaixe de marcação e neutralizar bem o adversário”, completou.