Na luta, na raça e com propriedade. Assim o Náutico conquistava, há sete anos, o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro. Desde então, o clube não conseguiu mais subir de divisão no futebol nacional. Neste domingo, o Timbu tem a missão de quebrar o feito e voltar à Série B. Para relembrar como foi a campanha do time na última vez em que subiu de divisão, o JC conversou com dois importantes personagens da conquista.
A campanha na Série B de 2011 foi quase irretocável. Naquele ano, o alvirrubro foi vice-campeão da competição com 56% de aproveitamento. O espírito do time e a união entre os jogadores promovida pelo treinador Waldemar Lemos foi o marco da equipe alvirrubra naquele ano. Embora contestado no início, o técnico transformou o elenco do Náutico em uma grande família e soube tirar o máximo de cada jogador.
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“Nós conseguimos fazer verdadeiramente um grupo de futebol. Poucas pessoas acreditavam na qualidade do grupo, mas graças a Deus naquela época qualquer jogador que colocássemos em campo estava tão envolvido com o objetivo que dava conta. Foi um ano muito especial, a torcida, a diretoria e os jogadores se uniram e abraçaram a causa, isso foi um grande diferencial para a gente”, afirmou o treinador Waldemar Lemos.
Capitão do time na conquista, o volante Éverton Hora, hoje com 34 anos, fazia parte de um dos setores mais seguros daquele time, o meio de campo. Éverton destacou o espírito guerreiro que os jogadores apresentavam e o importante papel que o treinador Waldemar Lemos desempenhava no time, que ia além da questão técnica.
“Waldemar foi um paizão para gente, ele tinha o elenco na mão, conhecia cada jogador, o que eles podiam dar, as características de cada um e confiava bastante no grupo, sempre falava que ia dar certo, através de muito trabalho e determinação. Ele é um cara que gosta muito de trabalhar e isso reflete dentro de campo, a gente terminava o jogo com praticamente todo mundo inteiro, durante a semana nós treinávamos muito”, destacou Éverton.
Um grande aliado do time na competição era o estádio dos Aflitos. Como mandante, o Náutico não perdeu nenhum jogo no campeonato. De acordo com Éverton, a atmosfera dos alvirrubros nas arquibancadas foi fundamental para o bom desempenho dos jogadores. “Foi uma parceria muito grande do elenco com a torcida, os torcedores abraçaram a ideia, não perdemos nos Aflitos no campeonato, foi uma sintonia muito boa, a torcida confiava e acreditava no time. Quando a torcida e o elenco estão juntos coisas boas tendem a acontecer”, concluiu o capitão.