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Náutico quer Aflitos sustentável após reabertura

Clube espera gerar receitas com aluguéis da localidade próxima ao estádio

Diego Toscano
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Diego Toscano
Publicado em 04/11/2018 às 8:36
Túlio Feitosa/Jornal do Commercio
Clube espera gerar receitas com aluguéis da localidade próxima ao estádio - FOTO: Túlio Feitosa/Jornal do Commercio
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Após cinco anos de ausência, o estádio dos Aflitos voltará a ser a casa dos alvirrubros. Mas a ideia é que o caldeirão não sirva só para partidas de futebol. De acordo com o Luiz Felipe Figueirêdo, presidente da comissão de reforma, os Aflitos têm que ser pensado como empresa. Com isso, crescem as chances de se monetizar o local, tornando-o sustentável e até quem sabe ajudando nas contas do clube na temporada 2019, que promete ser novamente difícil na Série C e sem renda garantida no segundo semestre.

“O equipamento dos Aflitos precisa ser pensado de forma autônoma. Talvez seja essa a grande chave de mudança em como os Aflitos será visto na estrutura do Clube Náutico Capibaribe, como equipamento próprio. Para, independente de como o clube esteja, da Série que vai estar jogando ou se vai estar atuando, gerar receita e se monetizar”, afirmou o presidente da comissão.

Para isso, o Náutico investirá em aluguel de espaço, dentro ou fora da sede, e do estádio, para que empresas vendam seus produtos e gerem receita para o clube. O Timbu estará de olho também em eventos culturais, como shows e peças teatrais. “Por isso a gente está investindo tanto em parcerias comerciais no lado da (rua) Manuel de Carvalho. Que (lojas) funcionem lá sete dias por semana, independentemente se tem jogo ou não. A ideia é que se consiga que a estrutura dos Aflitos seja analisada como uma empresa, à parte do Náutico. E isso envolve shows e eventos, mas também aluguel de área para exploração comercial”, explicou.

Entre 2017 e 2018, Luiz Felipe visitou seis países para conhecer estádios. Em Portugal, viu Benfica (Estádio da Luz), Porto (Estádio do Dragão) e Sporting (José Alvalade). Na Espanha, visitou o La Cerámica (Villareal), Camp Nou (Barcelona) e Santiago Bernabéu (Real Madrid). Em solo francês, Parc Olympique Lyonnais (Lyon) e Stade Vélodrome (Olympique de Marseille) foram os escolhidos. Na Alemanha, Olímpico de Berlim (Hertha Berlim), Allianz Arena (Bayern de Munique) e Red Bull Arena (RB Leipzig) na rota. No berço do futebol, na Inglaterra, White Hart Lane (Tottenham), Emirates Stadium (Arsenal) e Stamford Bridge (Chelsea). Por fim, na Copa da Rússia, viu a operação da Arena Lujniki e de São Petersburgo.

Dentro os mais de 40 estádios visitados, o que mais se aproximou da realidade alvirrubra foi o do Fulham, clube de Londres. “Na época, estavam na Segunda Divisão e agora estão na Premier League. O Craven Cottage é espetacular. Pequeno, mas tem muito a cara dos Aflitos, que tem arquitetura inglesa também. Não é feito para multidão, mas para torcedores que querem ter proximidade com o time, criar ambiente hostil para o adversário e, ao mesmo tempo, ter acesso a bons serviços”, explicou.

REABERTURA

Ainda sem data oficial definida, a volta para os Aflitos terá uma amostra de como o clube quer tratar o estádio. No dia da reabertura, o torcedor chegará mais cedo para acompanhar diversas atrações dentro do caldeirão alvirrubro. A programação, porém, ainda está sendo fechada e permanece em segredo.
“A gente já tem projeto para o dia da volta. Não queremos que o torcedor venha só para a sede cedo. Ao invés de ficar bebendo nas ruas que dão acesso aos Aflitos, a ideia é que entrem nas dependências do estádio. Não é dar shows na sede, mas fazer com que o torcedor chegue cedo e entre no campo. Lá, vão ter grandes surpresas: show, praça de alimentação e entretenimento antes e depois dos jogos preliminar e principal”, finalizou.

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