Um futuro que se traçava como promissor, mas que foi cessado de maneira trágica. É assim que amigos e parentes de João Henrique resumem a morte do goleiro de Íbis, aos 21 anos. O arqueiro, conhecido por Biscoitão no meio esportivo, teve a vida interrompida após ser atropelado por um ônibus da empresa Metropolitana, na Avenida Sul, que liga a área central do Recife à zona Sul, na última sexta-feira. Ficou em estado grave no Hospital da Restauração e teve a morte cerebral confirmada nesta segunda-feira.
O velório do arqueiro começou nesta segunda, no Memorial Guararapes, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. O Íbis disponibilizou um ônibus para levar todo o elenco rubro-negro à cerimônia de despedida. O enterro será nesta terça-feira, às 14h, no mesmo local. A reportagem do JC procurou a assessoria de imprensa da Metropolitana, mas não obteve retorno nas ligações.
João estava indo treinar na praia do Pina na garupa da bicicleta que era conduzida pelo amigo Matheus Alves, de 19 anos, e que está internado no HR, quando foi atropelado. O jogador mantinha a forma física enquanto esperava o início dos treinos do Íbis, clube que disputará a Série A2 do Campeonato Pernambucano a partir de agosto.
“Eu conversei com ele na semana passada e avisei que seria titular em 2018. Ele era o nosso reserva no ano passado. Era um garoto que tinha um futuro brilhante”, relembra Ozir Ramos, presidente do Pássaro Preto.
SÃO JOÃO EM PAUDALHO
Cabeça, como era chamado pela família, morava com a mãe e o padrasto no bairro do Bongi, na zona Oeste do Recife. Iria até Paudalho no dia do acidente para passar o São João com os parentes.
Os familiares decidiram doar todos os órgãos de João Henrique. “O coração dele está batendo em outra pessoa agora. Ele pôde salvar vidas e ainda continua vivo nessas pessoas”, afirma Ivaldenício Medeiros, tio do goleiro. Foram doados coração, fígado, córneas e rins do jogador.