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Paraculturistas estreiam no 58º Campeonato Pernambucano de Fisiculturismo

Denilson de Souza e José Marques são os representantes pernambucanos no esporte que estreia no Estado

Eduardo Donida
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Eduardo Donida
Publicado em 04/07/2012 às 20:42
Rodrigo Lôbo/JC Imagem
FOTO: Rodrigo Lôbo/JC Imagem
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Denílson Raimundo de Souza nasceu em Caruaru e costumava praticar todo tipo de esporte. Em especial, o futebol, em que era goleiro. Até os 15 anos. Isso porque o pernambucano teve de alterar sua rotina após grave acidente de moto, que marcaria para sempre sua vida. José Ferreira Marques tem história parecida: ex-auxiliar de serviços gerais, o recifense adquiriu uma lesão medular em decorrência de uma esquistossomose. O que eles têm em comum? A força de vontade e o amor pelo esporte, que traz ambos nesta quinta-feira (4/7) para o Teatro Valdemar de Oliveira, onde disputarão o 58º Campeonato Pernambucano de Fisiculturismo.

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Paraculturistas estreiam nesta quinta-feira no 58º Campeonato Pernambucano de Fisiculturismo - Rodrigo Lôbo/JC Imagem
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Paraculturistas estreiam nesta quinta-feira no 58º Campeonato Pernambucano de Fisiculturismo - Rodrigo Lôbo/JC Imagem

A disputa começa a partir das 8h, com a pesagem dos atletas, e às 10h30 são as apresentações. À noite, a partir das 20h, acontecem as exibições ao público.

Na verdade, a categoria em que estarão será realizada pela primeira vez no Estado. Trata-se do paraculturismo, modalidade que atende a atletas com deficiências físicas nos membros inferiores. No campeonato, no entanto, os critérios são os mesmos. O que é levado em consideração é a simetria e harmonia muscular, além da vascularização (corpo sem camada de gordura cobrindo os músculos). Igualmente às outras categorias, os competidores realizam performances no palco enquanto são avaliados pelos juízes.

“No começo, eu achava um pouco chocante. Vi competidores que não tinham uma perna. Impactava. Mas hoje vejo que o esporte traz alegria e saúde da mesma maneira, melhora demais a qualidade de vida e é isso que importa”, contou o presidente da Federação Pernambucana de Culturismo e Musculação (FPCM) e referência nacional na modalidade, Carmelo de Castro.

No caso de Denílson, pelo menos, os benefícios realmente se encaixam. Depois de quebrar a perna em sete lugares diferentes após cair da moto e passar oito dias em coma, ele ouviu de seu médico que precisava praticar algum esporte para seguir adiante.

“O esporte literalmente salvou a minha vida. Além de precisar da atividade para sobreviver ao acidente, sou hipertenso desde os 12 anos”, contou Denílson, que também é funcionário público. “Tentei entrar no judô, no caratê, mas nada me agradou tanto quanto o halterofilismo. Me adaptei bem e pratico desde então. Agora, vejo surgir a oportunidade no paraculturismo e também quero aproveitar”, completou o atleta, que, aos 46 anos, soma, entre outros, um título sul-americano (Uruguai, 1995) e um brasileiro (1995). Ele também é o atual terceiro mais bem classificado no ranking nacional.

Seu colega José Ferreira também tem estrada no levantamento de peso e está estreando no fisiculturismo. Seu caso, porém, difere quanto à apresentação durante as disputas. É que ele, ao contrário de Denílson – que ainda consegue se locomover de pé, embora com auxílio de muletas –, compete na categoria sobre cadeira de rodas, o que dificulta ainda mais a vida. “Sentado, tem que trabalhar mais o abdome”, contou o bicampeão brasileiro (2008 e 2009) e Norte-Nordeste (2012).

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