O Molico-Nestlé/Osasco não conseguiu brigar de igual para igual com o Rexona-Ades/Rio de Janeiro na final da Superliga feminina de vôlei, e jogando no ritmo ditado pelas cariocas, foi derrotado por 3 sets a 0, com parciais de 25/21, 25/23 e 25/19, na Arena da Barra, no Rio de Janeiro. A levantadora Dani Lins, que encerrou a competição como a quarta melhor de sua posição, lamentou mais uma derrota para o time de Bernardinho e apontou as falhas que não permitiram que Osasco levantasse o taça da Superliga.
“Faltou tudo. Não conseguimos fazer nosso jogo. O melhor que fizemos foi o saque e nos ajudou a abrir vantagem. Não fomos eficientes na virada de bola e o sistema defensivo também não funcionou”, disse a pernambucana, elogiando o nível do vôlei exibido pelas cariocas. “Elas jogaram para serem campeãs e a gente demorou a entrar no jogo. Os placares foram justos, mas começamos mal e depois quando tentamos reagir não dava mais tempo”, acrescentou.
Esta foi a décima final entre Rio de Janeiro e Osasco nos últimos onze anos. O retrospecto já favorecia as campeãs, que agora somam oito títulos nacionais. Molico, por sua vez, perdeu a chance de conquistar o sexto caneco. A partida também marcou a despedida da levantadora Fofão, do Rexona, que encerra a carreira com cinco títulos nacionais. A líbero Camila Brait, dona da melhor recepção da Superliga com 52% de aproveitamento, pensa que a ansiedade das atletas do Molico-Nestlé atrapalhou o desempenho da equipe.
“Desperdiçamos muitas bolas de graça e cometemos erros bobos. O time entrou afobado e querendo pontuar de qualquer maneira. No segundo set melhoramos, mas deixamos escapar novamente. Iniciamos bem a terceira parcial, construímos uma vantagem, porém, novamente vacilamos e elas viraram a partida”, avaliou a atleta.
Apesar do revés, o time paulista encerrou o torneio com o melhor bloqueio da competição, liderado por Thaísa e Adenízia. O Rexona-Ades, por sua vez, teve o melhor ataque graças às atletas Gabi Guimarães e Natália Pereira. No entanto, o técnico Luizomar não escondeu a tristeza com a derrota.
"Nós tivemos problemas, conseguimos nos ajustar a tempo de lutar pelo título. Infelizmente, não fizemos uma boa partida e contra um time como o Rexona, que foi o mais regular da competição, não se pode desperdiçar nenhuma chance. A equipe continua trabalhando. É um time que envolve a cidade, e a gente fica frustrado, pois queria dar essa alegria aos torcedores", completou o treinador.