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Cesar Cielo é mito olímpico, mas carrega trauma do Rio-2016

Nadador brasileiro não conseguiu se classificar para os Jogos Olímpicos, mesmo com experiência e expressiva história esportiva

Gabriela Máxima
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Gabriela Máxima
Publicado em 24/04/2016 às 7:28
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Nadador brasileiro não conseguiu se classificar para os Jogos Olímpicos, mesmo com experiência e expressiva história esportiva - FOTO: Divulgação
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Embora reúna decepções que fazem deste o momento mais crítico de sua carreira, Cesar Cielo, 29 anos, é de fato o principal nome da natação brasileira. Atual recordista mundial dos 50m e 100m livre, campeão olímpico e tricampeão mundial, o nadador não terá a oportunidade de ampliar seu legado no esporte. Isso porque, na semana passada, desperdiçou a última chance de se classificar para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Junto com o tempo de 21seg91, insuficiente para integrar a seleção, o sonho olímpico se tornou um dos piores traumas encarados por Cielo.

O momento crítico começou ainda no ano passado, quando não conseguiu evoluir nas piscinas e acumulou abandonos precoces em competições. Não disputou os Jogos Pan-Americanos de Toronto alegando que sua prioridade era o Mundial de Kazan. No campeonato, precisou sair mais cedo porque sofreu uma lesão no ombro. A recuperação foi gradual e Cielo só voltou a competir na primeira seletiva olímpica, em dezembro de 2015. Mais uma vez não obteve bom resultado n0s 100m livre e apostou todas as fichas no Troféu Maria Lenk. Não conseguiu superar a nova geração representada por Bruno Fratus e Ítalo Manzine e está fora das Olimpíada.

Na memória, Cielo guarda muitos momentos de glória. Iniciou sua carreira em 2003, ganhando notoriedade em 2006 ao quebrar recorde brasileiro nos 100m livre que pertencia a Fernando Scherer. A partir daí não parou mais. No Pan do Rio, em 2007, se consolidou como melhor velocista nacional. Nos Jogos de Pequim-2008, conquistou o ouro nos 50m livre. No Mundial do ano seguinte, em Roma, faturou os ouros nos 50m e 100m livre, assumindo a hegemonia na prova mais veloz da natação nas duas edições seguintes do Mundial. 

Em seu discurso após a confirmação de que estaria de fora dos Jogos, Cielo chorou, incrédulo, com os acontecimentos. “Para mim é muito difícil falar com vocês (o público) nesse momento. Peço desculpas. Eu sei que o Brasil será bem representado. Estará tudo bem”, falou chorando.

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