Se no vôlei masculino a disputa pela medalha de ouro nas Olimpíadas do Rio promete ser bastante equilibrada, no feminino a seleção brasileira chega num nível a frente das demais concorrentes. Esse favoritismo é fruto dos últimos resultados obtidos pelas comandadas do técnico Zé Roberto Guimarães: atuais bicampeãs olímpicas (Pequim e Londres) e recém-campeãs do Grand Prix, em cima dos Estados Unidos.
“As meninas são casca grossa. Essa é a expressão que costumo usar. Porque elas vêm de dois ouros olímpicos... Em Londres, elas quase ficam de fora nas quartas de final, iam deixar as Olimpíadas em nono lugar, em um jogo que estava praticamente perdido. Mas deram a volta por cima e venceram da seleção favoritíssima na final, a norte-americana. Acredito que aqui no Rio de Janeiro, Brasil, Estados Unidos e China estão um pouco a frente. Também tem a Rússia e a Sérvia correndo por fora”, opinou Nalbert.
Ao contrário da seleção masculina, o ex-ponteiro acredita que as meninas não vão sentir a pressão de jogar em casa e chegam com o emocional mais inteiro para a disputa dos Jogos. “Elas já mostraram muitas vezes, e agora também na fase final do Grand Prix, que são de chegada. Elas podem fazer dessa energia Olímpica um fator positivo e transformar em benefício dentro da quadra. Tenho certeza que quando as americanas e as chinesas chegarem na decisão e olharem a camisa amarela do outro lado, com o ginásio lotado, vão sentir a pressão”, afirmou.
Sem se esquivar sobre as três seleções que vão subir no pódio, Nalbert não titubeou e cravou as brasileiras para a conquista do ouro olímpico. “No masculino é difícil apontar quem irá compor o pódio, mas no feminino, como tivemos o Grand Prix, se tivesse de apostar eu diria Brasil, Estados Unidos e China, nessa ordem”, apontou Nalbert.