Único homem da história do judô pernambucano a integrar a seleção brasileira sênior da modalidade, o jovem Gabriel Pinheiro, de 21 anos, recebeu um importante sinal de que é um dos candidatos a representar o País na categoria até 66kg dos Jogos de Tóquio-2020. Ele está entre os 27 atletas do Brasil que embarcam nesta quarta-feira (12) para a Escócia. O grupo vai disputar, no próximo sábado (15), o Aberto Europeu de Glasgow, um dos eventos cotados pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ) como importantes na preparação dos judocas com potencial para lutar a próxima Olimpíada.
“Essa ação está dentro do Projeto Ohayo, que visa à preparação dos judocas com potencial para representar o País nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. É uma forma de dar rodagem internacional para esses atletas mais jovens e melhorarmos a transição deles para a equipe sênior”, disse o gestor de Alto Rendimento da CBJ, Ney Wilson.
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Quando recebeu a convocação, no dia 29 do último mês, Gabriel tinha acabado de retornar do Campeonato Brasileiro Sênior, do qual saiu com a prata na categoria até 66kg. “Confesso que fui pego de surpresa, não esperava a convocação para esse Aberto. É que nunca sabemos quais as competições iremos lutar. Precisamos esperar sempre as convocações”, contou.
Como o chaveamento do Aberto Europeu ainda não foi definido, Gabriel só deve saber quem será o adversário da estreia na véspera da luta. O fato de não viajar já consciente de quem pode ser seu primeiro oponente, porém, não incomoda o pernambucano. “Lutei o Brasileiro há pouco tempo e estou bem preparado. O nível mundial do judô está muito igual. Mesmo assim, os atletas das escolas asiáticas ainda são bem complicados, assim como os europeus, que são muito duros, têm muita força. Mas estou pronto”, comentou.
Por se tratar de uma competição aberta, o evento em Glasgow vai reunir judocas do várias partes do mundo. Todos com um motivo a mais para buscar um lugar no pódio. É que o torneio vale pontuações elevadas para o ranking mundial. Os campeões de cada categoria somam 100, os medalhistas de prata garantem 60 e os de bronze 40. “Sou o 144 do mundo. Conseguir um lugar no pódio vai ser importante para dar um pulo no ranking”, afirmou o pernambucano.
CRITÉRIOS
Avançar de posto na lista mundial vai ser importante para Gabriel porque apenas os brasileiros que ocupam até a 22ª posição garantem lugar na seleção a partir de 2017. Caso não esteja na zona de ranqueamento, o pernambucano vai precisar passar por uma seletiva, prevista para janeiro, sem data definida pela CBJ.