Plêmica

CBDA diz que não teve chance de defesa na ação que afastou Coaracy

Advogado Marcelo Franklin garante que não teve acesso ao processo

Luana Ponsoni
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Luana Ponsoni
Publicado em 26/10/2016 às 16:27
AFP
Advogado Marcelo Franklin garante que não teve acesso ao processo - FOTO: AFP
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O advogado da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Marcelo Franklin, afirmou que a entidade não teve o direito de se defender das acusações feitas pelo Ministério Público Federal de São Paulo no processo que levou o juiz federal Heraldo Garcia Vitta a determinar o afastamento imediato do presidente da entidade, Coaracy Nunes, e de outros membros da diretoria. Entre as suas reclamações, o Franklin afirmou que só conseguiu o acesso ao inquérito, meses atrás, graças a um mandado de segurança. 

"No dia que parece que saiu a decisão (segunda-feira passada), eles alegaram que tinha que registrar a decisão no sistema e não me permitiram acesso ao processo. Depois, disseram que só iam dar acesso quando saísse as notificações. Quando foi 18h, apareceu como se tivesse sido remetido ao Ministério Público de volta. Não tivemos acesso à liminar", diz o advogado, que ainda aguarda a notificação da Justiça. "Deveria se oportunizar a
defesa, receber as explicações, e depois, se necessário, tomar uma decisão mais radical. Tomar uma decisão dessa sem sequer dar a oportunidade de se defender fica complicado", completou. 


Franklin declarou que chegou a viajar do Rio a São Paulo com 500 páginas de documentos para conversar com o juiz Heraldo Garcia Vitta, da 21ª Vara Cível, e pedir para que a CBDA fosse ouvida antes da decisão sobre o pedido de afastamento feito pelo MP. "Infelizmente, não fui atendido", protestou o advogado. 

MOTIVAÇÃO


A defesa alega que a atual gestão da CBDA está sendo vítima de perseguição por interesses políticos. Como principal  argumento, cita  o fato de o processo no MP ter se iniciado pelas mãos de uma procuradora que tinha dois filhos filiados à Federação Aquática Paulista (FAP), cujo presidente, Miguel Carlos Cagnoni, é o principal líder da oposição a Coaracy.


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