As ruas de São Paulo começam a ser preparadas nesta sexta-feira (29) para a tradicional Corrida de São Silvestre, que ocorre sempre no último dia do ano e em 2016 chega a 92ª edição. Os bloqueios ao tráfego de veículos em vários pontos da região central e da Avenida Paulista começam às 22h desta sexta-feira.
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A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) terá 117 agentes na operação e utilizará mais de 1,6 mil cavaletes, 192 faixas informativas, 39 banners de orientação aos usuários da região, 100 rolos de fita zebrada e 1.730 metros de gradis na sinalização.
Alguns pontos serão liberados para veículos às 13h de amanhã (31), mas novas interdições começarão às 15h por causa da festa da Virada, na Paulista.
A prova tem 15 quilômetros, mas este ano terá um novo percurso. Alguns trechos foram alterados para adequar o espaço à demanda de participantes, segundo a organização do evento. Foram retiradas do trajeto as ruas Margarida, Olga e outras próximas ao Memorial da América Latina, na zona oeste. Em substituição, o percurso terá trechos do Centro Histórico de São Paulo (as ruas Xavier de Toledo, Sete de Abril, Bráulio Gomes, Viaduto 9 de Julho, Viaduto Jacareí e Rua Dona Maria Paula).
A saída será na Avenida Paulista, na pista sentido Consolação, próximo à Alameda Ministro Rocha Azevedo, e a chegada em outro ponto da mesma via, em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero.
Tradição
Considerada a corrida mais importante do gênero na América Latina, a São Silvestre deve reunir na 92ª edição cerca de 30 mil pessoas, entre amadores e profissionais, sendo 120 atletas no pelotão de elite.
A primeira largada da prova será às 8h20, com o grupo de atletas cadeirantes. Vinte minutos depois começa a disputa do pelotão de elite feminina e às 9h, do masculino e dos demais corredores.
O Brasil não vence a disputa masculina desde 2010, com o atleta Marilson dos Santos. No feminino, a última vez que uma atleta brasileira subiu ao pódio foi em 2006, com Lucélia Peres. De lá para cá, as vitórias têm ficado nas mãos de atletas africanos.
Para tentar quebrar essa hegemonia, o Brasil vai concorrer entre as mulheres com Joziane Cardoso, paranaense de Nova Santa Bárbara. A atleta brasileira ganhou a Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro, ficou em segundo lugar na Meia Maratona de São Paulo e na Volta da Pampulha. Mas a tarefa não será fácil porque o pelotão terá entre as favoritas a queniana Jemima Sumgong, campeã olímpica da maratona nos Jogos do Rio de Janeiro e a etíope Yimer Ayalew, vencedora das edições de 2008,2014 e 2015 da São Silvestre.
Na disputa masculina, a grande aposta do Brasil é o mineiro Giovani dos Santos. O atleta obteve o pentacampeonato da Volta Internacional da Pampulha, em Belo Horizonte, no começo deste mês e ficou a quinta posição na 91ª São Silvestre, além de vencer a Meia Maratona do Rio de Janeiro. “Treinei bem e estou treinado para enfrentar qualquer tipo de situação,”afirmou o atleta.
Entre os estrangeiros favoritos estão o etíope Dawit Admasu, ganhador da corrida em 2014, e o queniano William Kibor, que venceu a Meia Maratona de Las Vegas este ano.