Após 16 anos no comando da seleção brasileira masculina de vôlei, Bernardinho deixa oficialmente o cargo para se dedicar aos projetos pessoais junto a sua família. A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), durante entrevista coletiva, na tarde desta quarta-feira, revelou que Bernardinho deixa a função de treinador, mas pode continuar como consultor da entidade. Em seu lugar, o técnico Renan Dal Zotto passa a liderar a equipe nacional no novo ciclo olímpico de Tóquio-2020.
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"É um motivo de muito orgulho, especialmente pela confiança depositada. É importante para mim. Estou há mais de 40 anos no voleibol, e algumas vezes fui convocado pela CBV. Primeiro como jogador, depois em 2001, quando trabalhei na transição do Bernardo da seleção feminina para o masculino. Cada vez que vem esse convite me entusiasma muito", disse o novo treinador do Brasil.
Radamés Lattari, diretor de seleções da CBV, explicou a situação. "Bernardinho está precisando de mais tempo para ele, para a família, para cuidar da saúde. Ele não tem problema nenhum com a CBV. Tanto que o presidente lançou o convite para ele permanecer no vôlei como coordenador técnico e fazer parte do conselho gestor da entidade", explicou o dirigente, que não revelou a resposta do ex-técnico. É provável que ele continue na CBV como consultor esportivo.
Renan Dal Zotto (esquerda) é agora o técnico da seleção masculina. Foto: Divulgação/CBV
De acordo com Radamés, que assumiu a diretoria de vôlei de quadra, Bernardinho decidiu deixar a seleção na última semana do ano passado. "Ele falou que chegou uma hora em que precisava dar mais atenção à família, ao pai. Ele quer estar um pouco mais próximo das filhas. Acho que tem um pouco do desgaste natural de tantos anos. Ele está precisando um tempo para ele. É só esse o motivo", afirmou.
CURRÍCULO
Em seu currículo como técnico da seleção, Bernardinho ostenta 28 títulos. Entre eles estão dois ouros olímpicos, três títulos mundiais, oito títulos da Liga Mundial e oito vezes campeão sul-americano.