natação

Desemprego na natação atinge Thiago Pereira, Fratus e Felipe França

Nadadores da seleção brasileira sofrem com o alto índice de desemprego. A pernambucana Joanna Maranhão deixou o Pinheiros, mas conseguiu firmar contrato com o Unisanta

JC Online JC Online
Cadastrado por
JC Online
JC Online
Publicado em 30/01/2017 às 8:50
AFP
Nadadores da seleção brasileira sofrem com o alto índice de desemprego. A pernambucana Joanna Maranhão deixou o Pinheiros, mas conseguiu firmar contrato com o Unisanta - FOTO: AFP
Leitura:

Os donos dos melhores resultados brasileiros na natação dos Jogos Olímpicos do Rio-2016 são também aqueles que agora sofrem as consequências do fracasso coletivo. Bruno Fratus, Thiago Pereira, Felipe França e Leonardo de Deus estão entre os nadadores que não tiveram contratos renovados pelos seus clubes na virada do ano.  Só Léo de Deus achou uma nova casa, a Unisanta, porque aceitou um corte salarial. Os demais convivem com o fantasma do desemprego.

A conjuntura econômica e o fracasso da natação brasileira no Rio-2016 fizeram o orçamento das três grandes equipes do País ser reduzido para o próximo ciclo olímpico. Com o cobertor mais curto, Pinheiros, Minas Tênis e Corinthians baixaram o teto salarial, atingindo os mais bem remunerados. Cesar Cielo, Thiago Pereira, Felipe Lima (todos do Minas), Leonardo de Deus, Thiago Simon, Felipe França (do Corinthians), Bruno Fratus, Henrique Rodrigues, João de Lucca e Joanna Maranhão (do Pinheiros) estão entre os que não tiveram contratos renovados.

Joanna, Leonardo e Thiago Simon acertaram com a Unisanta, única equipe que ampliou investimentos no novo ciclo - também a única que ganhou medalha no Rio, com Poliana Okimoto, na maratona aquática. Henrique Rodrigues topou ganhar menos no Sesi-SP, que manteve Etiene Medeiros. Os demais estão desempregados e com mercado reduzidíssimo.

REAJUSTE

O Corinthians, por exemplo, pagava até R$ 20 mil a um nadador de ponta. Hoje, tem orçamento total na casa de R$ 25 mil por mês. Em nota, Oldano Carvalho, diretor de Esportes Aquáticos do clube, disse apenas que o Corinthians está "se reposicionando" e que não pretende deixar de formar atletas.

No Pinheiros, os cortes atingiram até Bruno Fratus, hoje também vítima do desemprego, prata no Mundial de Kazan, na Rússia, em 2015. Ele reclama por não ter sido nem chamado para conversar. "Achei esquisito depois de 10 anos de clube e inúmeras conquistas, uma história toda dentro do clube, ser apenas avisado que não renovariam o meu contrato. Depois de 10 anos dando o sangue pelo clube, ser descartado deixa um gosto amargo", lamentou o nadador, sexto nos 50m livre no Rio.

Últimas notícias