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Suspeito de receber propina no Rio-2016 renuncia a cargos no COI

Frank Fredericks garantiu que nunca se envolveu em manipulação de votos e sua saída foi uma escolha sua para não atrapalhar novas eleições no COI

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Publicado em 07/03/2017 às 13:31
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Frank Fredericks garantiu que nunca se envolveu em manipulação de votos e sua saída foi uma escolha sua para não atrapalhar novas eleições no COI - FOTO: Divulgação
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Suspeito de ter recebido propinas, o auditor da escolha do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos de 2016, Frank Fredericks, renunciou nesta terça-feira ao seu cargo como presidente da comissão de avaliação dos Jogos de 2024, no Comitê Olímpico Internacional (COI) e abriu mão até mesmo de votar para a escolha da próxima sede. A disputa está entre Paris e Los Angeles. 

De acordo com o Ministério Público francês, a família do dirigente esportivo Lamine Diack, suspeito de ter recebido US$ 1,5 milhão de empresários próximos aos organizadores do Rio-2016, transferiu US$ 299,3 mil pela empresa Pamodzi para a empresa offshore Yemli Limited. 

O depósito ocorreu em 2 de outubro de 2009, dia da vitória do Rio para sediar os Jogos. A empresa tinha uma relação direta com Fredericks, que foi justamente um dos monitores do COI no momento do voto nas eleições de 2009 e vencidas pelo Rio. 

COMUNICADO

"Eu acredito na integridade do processo eleitoral do COI e nunca notei nada de errado que me fizesse duvidar disso", garantiu o suspeito, em um comunicado. "Reitero que nunca fui envolvido em manipulação de votos ou práticas ilegais", disse. "Mas ainda assim decidi pessoalmente que é do melhor interesse para o bom funcionamento do processo de candidatura do COI que eu saia do cargo de presidente da comissão de avaliação 2024, já que é essencial que o importante trabalho de meus colegas seja visto como sendo verdadeiro e justo", escreveu. 

A entidade afirmou que confiava em sua inocência. Mas, nos últimos dias, ele vem sendo retirado de algumas das principais iniciativas no esporte. Na segunda-feira, Fredericks deixou o cargo no grupo de trabalho da Associação das Federações Internacionais de Atletismo (Iaaf) destinada a avaliar o doping na Rússia. Nesta terça-feira, foi a vez de sair dos principais organismos do COI, ainda que ele continue membro da entidade. 

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