Com carros mais velozes e a promessa de maior equilíbrio entre as escuderias, a Fórmula 1 larga para a temporada 2017 na madrugada deste domingo (26), às 2h (horário de Brasília), quando será disputado o GP da Austrália, no tradicional circuito de Melbourne. A primeira de 20 etapas, sendo a última delas em 26 de novembro, em Abu Dabi. Vinte pilotos de dez equipes formam o grid. Destaques para a ausência do atual campeão, o alemão Nico Rosberg, que surpreendeu ao se aposentar após a conquista do título com a Mercedes; e para a presença do brasileiro Felipe Massa, que havia se despedido da categoria no fim do ano passado, mas aceitou deixar a recente aposentadoria para mais um Mundial pilotando o carro da Williams.
A Fórmula 1 chega para esta temporada com um novo regulamento, que promete acabar com a hegemonia de uma ou outra equipe – entre 2010 e 2013, a Red Bull reinou na categoria, sendo substituída no posto de 2014 em diante pela Mercedes. Entre as principais mudanças, estão pneus mais grossos e resistentes, além de pacotes aerodinâmicos novos. A expectativa, com isso, é a de que os carros sejam, no mínimo, cinco segundos mais rápidos por volta do que foram no ano passado. Os testes coletivos da categoria, realizados nas últimas semanas, constataram a evolução na performance.
Os testes mostraram também que a Mercedes continua no posto de principal favorita ao título, mas agora seguida bem mais de perto pela Ferrari. A Red Bull se apresenta como a terceira força da categoria, com a Williams vindo um pouco atrás. Toro Rosso, Force India e Renault fazem uma briga equilibrada pelo posto de quinta força da F-1.
É inquestionável que a maior decepção nesse início de temporada ficou por conta da McLaren. O motor Honda simplesmente deixou a escuderia na mão – nem tem rendimento, nem durabilidade. Se não achar uma saída para os problemas apresentados nos testes coletivos, o time inglês vai certamente andar na rabeta do grid em 2017.
Com a inesperada aposentadoria de Nico Rosberg, o favoritismo que recaia naturalmente sobre os ombros do inglês Lewis Hamilton foi potencializado. No entanto, é enorme a expectativa sobre o desempenho de seu novo companheiro na Mercedes: o finlandês Valteri Bottas. Na Williams, ele vinha fazendo corridas que chamavam a atenção. Não era só veloz como consistente.
Na Ferrari, o alemão Sebastian Vettel, tetracampeão da F-1 (2010, 2011, 2012 e 2013), desponta como o piloto número 1 do time. O veterano Kimi Raikkonen inicia a temporada como um coadjuvante na escuderia italiana. Esse pode ser um trunfo para o finlandês, que costuma crescer de rendimento quando pouco pressionado. Já na Red Bull, se espera muito dos dois garotos: o australiano Daniel Ricciardo e o holandês Max Verstappen. Ambos excessivamente velozes e agressivos na forma de pilotar.
BRASIL
Para o Brasil, as expectativas são pequenas em torno do desempenho de Felipe Massa, único representante do País no grid. O paulista de 35 anos chegou a se despedir da categoria no fim do ano passado, mas com a ida de Bottas para a Mercedes acabou sendo convidado para retornar à Williams. Ele garante estar mais motivado do que nunca para aquela que será a sua 15ª temporada na F-1.