Conquista

Título mundial do Sport no futebol 7 foi conquistado em meio a muitos perregues

O Leão é o primeiro clube do Brasil a ter uma conquista dessa magnitude

Luana Ponsoni
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Luana Ponsoni
Publicado em 28/03/2017 às 15:49
IFA7/Divulgação
O Leão é o primeiro clube do Brasil a ter uma conquista dessa magnitude - FOTO: IFA7/Divulgação
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Passagens compradas em cima da hora. Incertezas quanto à hospedagem. Jogar sem alimentação e pouquíssimas horas após a viagem. Situações que jamais se abateriam sobre um time de futebol profissional. Ainda assim, os integrantes da equipe de futebol 7 do Sport souberam vencer todos os obstáculos e retornaram ao Recife com o inédito título de campeões mundiais da modalidade. O troféu conquistado pelos rubro-negros no torneio encerrado na semana passada, em Montevidéu, no Uruguai, foi o primeiro dessa magnitude obtido por um clube brasileiro no esporte.

Na final, o Sport atropelou o Huracán, da Guatemala, saindo de campo com vitória por 5x2. O grande detalhe é que a equipe da América Central chegou invicta ao confronto e com o título dado como certo. Os gols do duelo que deu ao Sport e ao Brasil o seu primeiro título mundial no futebol 7 foram marcados por Elder (2), Biel, Alysson (irmão de Hernanes que jogou a Copa de 2014), e Davison.

“Quando o jogo chegou ao fim, eu particularmente me emocionei bastante. A gente sofreu muito para conseguir jogar o Mundial. Passou um filme na minha cabeça. Porque a gente não depende do futebol 7 para viver. Ao mesmo tempo, adoramos jogar, a maioria dos atletas são torcedores do Sport, têm muita identificação com o clube”, contou o zagueiro Carlos Eduardo, de 23 anos, mais conhecido como Cadu.

Depois da conquista, os jogadores do elenco rubro-negro receberam uma ligação do presidente do Leão, Arnaldo Barros, e do prefeito do Recife, Geraldo Júlio. Ambos queriam parabenizar o grupo pelo título. “Só depois começamos a perceber a dimensão do que tínhamos feito. Da nossa conquista. De certa forma, levamos o nome do Sport e de Pernambuco para o mundo. Em todas as partidas, fazíamos questão de entrar com a bandeira do Estado”, relembrou.

Para conseguir chegar ao Uruguai, o time de futebol 7 do Leão contou com a doação de um valor do próprio Arnaldo Barros para ajudar no custo com a hospedagem. Alguns membros do Conselho Deliberativo do clube também colaboraram, mas a maior parte das despesas foram arcadas após a equipe receber doações de amigos e parentes. O grupo contou ainda com cinco passagens cedidas pela Empetur, por meio da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer do governo do Estado. Ainda assim, alguns jogadores ainda precisaram tirar dinheiro do próprio bolso.

“Compramos as passagens na sexta-feira pela manhã e embarcamos para Montevidéu na madrugada seguinte. Quando chegamos lá, o local que tínhamos visto para ficar não tinha a menor condição de nos hospedar. Não tinha nada, nem alimentação. Ficamos correndo para todos os lados até resolver. Muitos, assim como eu, entraram em campo para estrear contra o Boca Juniors sem se alimentar. Teve gente passando mal depois da partida”, relembrou.

RESULTADOS

Na primeira partida, o Sport empatou com o time argentino por 4x4. Depois, passou pelos peruanos do Walon, com uma goleada por 8x0. Na última partida da fase de grupos, o Leão empatou com os mexicanos do La Padilla por 2x2. Saindo em segundo do grupo, cruzou com a outra equipe representante do Brasil no Mundial, que foi a seleção do Ceará. No confronto nordestino, os rubro-negros venceram por 2x0 e sacramentaram a vaga na final. O placar de 5x2 ante o Huracán foi conquistado graças a uma mudança de estratégia. “Mudamos a marcação. Marcamos em cima e fazíamos os gols no erro deles, enquanto todos os times que eles derrotaram realizavam uma marcação de meio-campo”, explicou Cadu.

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