Anderson Silva reclamou nesta segunda-feira sobre a indefinição de sua próxima luta que estava programada para acontecer em 3 de junho, no UFC 212, no Rio. Irritado com a organização da categoria, o lutador brasileiro ameaçou até encerrar a carreira caso não seja encontrada uma solução.
A confusão começou após o adversário programado para enfrentar Anderson Silva, o norte-americano Kelvin Gastelum, ter sido flagrado no antidoping com maconha. O UFC sugeriu alguns adversários do peso médio e Anderson Silva aceitou lutar contra o cubano Yoel Romero, número 1 entre os desafiantes, mas impôs uma condição.
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"Disse que aceito lutar contra o Romero, ele é um grande lutador Mas uma coisa: por que o Romero viria ao Brasil lutar comigo a troco de nada?", questionou em entrevista ao programa de TV norte-americano "The MMA Hour". Anderson Silva deseja que o combate valha o cinturão interino da categoria, já que Michael Bisping, que detém o cinturão, está afastado do octógono por conta de uma lesão no joelho.
Romero chegou a telefonar para o programa durante a participação de Anderson Silva e disse que aceitaria participar do UFC Rio, se houver o título interino em jogo. "Se não valer nada contra o Anderson, esperarei minha hora pelo cinturão", comentou o cubano
A organização do evento ainda não se pronunciou, o que deixou Anderson Silva irritado. "Estou há um tempo treinando no Rio de Janeiro, comecei meu 'camp' e estou muito frustrado. Os caras (UFC) estão me dando opções de luta, eu respeito o Yoel Romero, é o número 1 do ranking. Eu disse que luto contra o Romero, mas pelo cinturão interino. É um grande negócio para o UFC", comentou.
Tratamento
Anderson Silva reclamou também do tratamento diferenciado dado a alguns atletas e citou como exemplo a possibilidade de o canadense Georges St-Pierre lutar pelo cinturão dos médios contra Michael Bisping em combate marcado para o segundo semestre deste ano. St-Pierre está há três anos afastado do UFC
Caso a organização do evento não dê uma solução, Anderson Silva ameaça se aposentar. "Vou parar. Luto há muito tempo, estou cansado. Fui desrespeitado, tenho uma história, um legado. Estou frustrado", comentou o brasileiro.