Há exatos 15 anos, o piloto brasileiro Rubens Barrichello desacelerou a sua Ferrari para permitir a vitória do alemão Michael Schumacher, seu companheiro de equipe, no GP da Áustria de Fórmula 1. O episódio gerou um escândalo sem proporções na elite do automobilismo mundial. Rubinho freou para atender uma ordem de Jean Todt (então diretor da Ferrari e atual presidente da FIA), que culminou com a mudança de regras no que diz respeito às conversas das equipes com os seus pilotos. Hoje, tudo o que é dito pela escuderia ao competidor fica exposto na televisão e protege a competitividade, princípio básico de todo esporte.
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No pódio, Shumacher, claramente constrangido, pediu para Barrichello ocupar o lugar mais alto. O piloto brasileiro havia feito a pole do GP e teve os melhores tempos nos treinos livres do meio da semana. Se vencesse a prova, Rubinho, então com 29 anos, chegaria ao segundo triunfo de sua carreira. Ele deixou a Fórmula 1 em 2012, com 11 vitórias obtidas em 323 GPs disputados.
Sobre o episódio na Áustria, o agora piloto da Stock Car chegou a afirmar em entrevistas que foi a única vez em que ele sentiu vontade de vomitar sem estar doente. Barrichello também revelou que aquela situação não era inédita nas práticas da Ferrari. Na temporada anterior, em um GP que ele não detalhou qual era, disse que andava em segundo e Schumacher em terceiro e foi obrigado a deixar o companheiro de equipe passar por ordem da equipe. David Couthard liderava na ocasião.