Entre as histórias de bastidores da seleção brasileira masculina de vôlei que conquistou o ouro em Barcelona-1992, o ex-ponteiro Marcelo Negrão aproveitou para fazer um apelo. O engajamento para reavivar a modalidade em Pernambuco, que já revelou tantos nomes para o desporto olímpico, não pode parar. O ex-jogador esteve no Recife ontem para participar da clínica de voleibol realizada pela Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco, em parceria com a Federação de Voleibol do Estado de Pernambuco (Fevepe). O evento aconteceu no Compaz do Cordeiro.
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“Não fui só eu. Daqui saíram Dani Lins, Jaqueline, Pampa, Lula (do vôlei de praia)... Em Pernambuco tem muita gente boa. O nordestino (Negrão é paulista, mas passou a infância no Recife) vai para o ‘pau’ mesmo. Chama a responsabilidade para si. Diz: ‘bota para mim que eu decido’. Mas isso está acabando. Que esse trabalho siga em outra gestões, não só na atual. Ainda bem que essa gestão está começando”, destacou Negrão.
O evento foi direcionado a técnicos de voleibol, árbitros e educadores físicos de uma maneira geral.O grande objetivo foi ajudar na capacitação desses profissionais, responsáveis pela manutenção da modalidade em Pernambuco. Também houve o momento da prática, que contou com a presença de atletas da modalidade. “Josenildo (Carvalho) entrou com a parte da didática e Marcelo Negrão veio para somar com suas histórias e conhecimento sobre a modalidade. Sempre que precisamos dele, ele responde com algo de bom. É sempre solícito. Foi uma oportunidade ótima para os técnicos e professores de escola”, comentou o presidente da Fevepe, Celso Assumpção.
A iniciativa começou a ser adotada pela Secretaria de Turismo Esportes e Lazer em 2015 e é voltada para as mais diversas modalidades. As capacitações envolvem programas educacionais como o “Educar Pelo Esporte” e o “Mais Que Futebol”, além de palestras específicas e clínicas de vários esportes. Antes de Marcelo Negrão, o contemporâneo de seleção Giovane Gávio já esteve no Estado para falar de voleibol e suas experiências com a equipe nacional.
Outra tentativa do governo de Pernambuco para alavancar o vôlei no Estado diz respeito ao relançamento de eventos como os Jogos Escolares de Pernambuco (Jeps) e dos Jogos Abertos, antes chamados de Jocipe. De acordo com dados levantados pela Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer, em 2015, havia 1240 praticantes de vôlei nos Jogos Abertos. Em 2017, foram 1680. No que diz respeito à fase regional dos Jeps, no mesmo período, o número de atletas na modalidade subiu de 168 para 216. “São dados que não podem ser ignorados”, destacou o secretário executivo de esportes e lazer, Diego Pérez.
