O incêndio que consumiu na madrugada deste domingo parte das instalações do Velódromo do Parque Olímpico da Barra da Tijuca, na zona sul do Rio de Janeiro, foi provocado por balões, segundo a Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO), autarquia criada pelo Ministério do Esporte para administrar o legado olímpico.
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De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, as chamas começaram pouco antes de 0h30. As equipes deslocadas ao local levaram cerca de duas horas e meia para conter o incêndio, dando início em seguida ao trabalho de rescaldo. Os bombeiros só deixaram o Velódromo perto das 8 horas da manhã.
"A prática de soltar balões é crime ambiental e, por isso, a autarquia repudia tal iniciativa. A expectativa é de que, após perícia, os envolvidos sejam devidamente penalizados por destruir o patrimônio público. Destacamos, ainda, que tomaremos todas as medidas necessárias para que o Velódromo seja rapidamente recuperado e volte ao seu pleno funcionamento", declarou a AGLO, em comunicado.
Os bombeiros não confirmam a causa do incêndio, que será determinada após o trabalho de perícia pela Polícia Civil. A Defesa Civil Municipal investigará anteriormente se o fogo causou algum dano à estrutura do parque esportivo.
O Ministério do Esporte também divulgou nota lamentando o incidente e criticando a "prática criminosa de soltar balões".
"O Velódromo, legado dos Jogos Olímpicos de 2016, vinha sendo utilizado por atletas e pela comunidade do Rio de Janeiro. Aguardamos e confiamos na apuração e punição dos envolvidos por destruírem mais do que um bem público, mas um equipamento comum a todos. Após a perícia dos Bombeiros, avaliaremos os danos e as medidas a serem adotadas para recuperação desse importante bem nacional", informou a nota do Ministério.
O ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), lamentou o incêndio em seu perfil no Twitter e condenou a prática de soltar balões, crime previsto na Lei 9605/98, Art. 42 da Lei de Crimes Ambientais. Picciani postou um vídeo de balões nos céus da região e foto de outros balões que teriam caído no Parque Olímpico na mesma ocasião.
Esse foi último registro. Agradecemos @cbmerjoficial pelo empenho nessa triste fatalidade e seguimos acompanhando a operação #POB #Velódromo pic.twitter.com/frCDyYIGGd
— Leonardo Picciani (@LeoPicciani15) 30 de julho de 2017
Absurdo! Além do balão que queimou o velódromo varios outros caíram no parque olímpico. pic.twitter.com/RJMJ8c7Nhh
— Leonardo Picciani (@LeoPicciani15) 30 de julho de 2017
Incêndio teve início nessa madrugada
Segundo o Grupamento de Busca e Salvamento da Barra da Tijuca, seis viaturas foram enviadas ao local, além de unidades do bairro vizinho de Jacarepaguá. Às 2h30, o fogo já havia sido debelado.
Construído para o Rio-2016, o Velódromo foi inaugurado há pouco mais de um ano, com seis meses de atraso, ao custo de R$ 143 milhões. Apesar de fechado depois dos Jogos Olímpicos, foi reaberto para um evento apenas em maio deste ano. Para proteger o piso do local, a instalação ficava com o ar-condicionado ligado.