Depois do início das investigações do “Unfair Play”, suposto esquema criminoso envolvendo o pagamento de propina para que o Rio de Janeiro fosse escolhido como cidade-sede dos Jogos Olímpicos do Rio-2016, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, afirmou, nesta sexta-feira, que acompanhará o caso de perto.
O representante chegou a Lima, no Peru, para reuniões sobre as Olimpíadas de 2024 e 2028, mas, inevitavelmente, foi questionado sobre o caso de corrupção deflagrado no Brasil. “Temos que ver, não há processo ainda. Existem investigações e vamos acompanhar isso de bem perto”, afirmou o alemão.
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INVESTIGAÇÃO
Quando questionado se o COI fará suas próprias investigações sobre o caso, Bach foi cauteloso. “De novo, não há processo ainda, é muito cedo. Vamos acompanhar de perto”, ressaltou. O presidente ainda desviou de assunto na resposta. “Agora, estamos concentrados no futuro e vamos ver grandes apresentações de duas grandes cidades do mundo que concorrem aos Jogos Olímpicos”, finalizou.
Na última terça-feira, a Polícia Federal, junto com o Ministério Público Federal e a Receita Federal do Brasil, iniciaram uma força-tarefa para o “Unfair Play”, que faz parte da Lava Jato. A PF foi até a casa do atual presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, para cumprir mandado de busca. No mesmo dia, o ex-jogador de vôlei prestou depoimento.
As investigações acontecem há nove meses. Segundo a Polícia Federal, houve “entrega de dinheiro em espécie, como por meio da celebração de contratos de prestação de serviços fictícios e também por meio do pagamento de despesas pessoais”.