Os aficionados por basquete já podem comemorar. Depois de quatro meses de espera e várias modificações nas equipes, a temporada 2017/2018 da NBA terá início hoje com a promessa de um desafio ainda maior para Golden State Warriors e o Cleveland Cavaliers. Times que duelaram na final da competição pelas últimas três temporadas, algo inédito na NBA, os finalistas ganharam oponentes de peso na disputa pelo título da principal competição de basquete do planeta, numa fase que está sendo definida como “a Era dos supertimes”. Franquias como Oklahoma City Thunder, Houston Rockets e Boston Celtics se mexeram para aliar o maior número possível de estrelas para o seu elenco.
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O primeiro dia da competição já mostra uma prévia no embate entre os supertimes. Pelo lado do leste, Cavaliers e Celtics fazem a reedição da final da conferência do ano passado. As duas franquias protagonizaram um dos episódios mais marcantes da pré-temporada, quando um dos astros do time de Cleveland, Kyrie Irving, pediu para ser trocado pela equipe. O destino de Irving foi justamente a franquia de Boston, que enviou jogadores como Isaiah Thomas, Jae Crowder, Ante Zizic e duas escolhas do draft. Fato que acirrou a rivalidade entre os dois times.
Se o Leste está centrado em duas equipes, no Oeste a disputa promete ser mais inclusiva. Jogadores como Paul George, Carmelo Anthony, ambos no Oklahoma City Thunder, e Jimmy Butler, que foi para o Timberwolves, chegaram ao Oeste e aumentaram a força da conferência.
A segunda partida da noite pode mostrar um pouco desse equilíbrio. O atual campeão Warriors encara o Rockets, equipe que agora conta com Chris Paul ao lado de James Harden, um dos candidatos ao prêmio de melhor jogador da temporada. Uma parceria que pode colocar a franquia do Texas, ao lado do Thunder, entre os candidatos para desbancar o favorito Golden State na disputa pelo lado do Pacífico.
Apesar do atrativo em unir grandes astros na mesma equipe, nem todos enxergam o atual momento da liga com bons olhos. Um desses críticos é Michael Jordan, dono do Charlotte Hornets e um dos maiores da história da NBA. De acordo com ele, essas movimentações podem afetar o equilíbrio da liga como um todo, fazendo com que existam apenas um ou dois bons times, restando “28 lixos”. Um enfraquecimento que atingiu o tradicional Chicago Bulls, que viu peças como Jimmy Butler e Dwayne Wade saírem da equipe.
Brasileiros perdem espaço na liga
Após um ano em que viu um recorde de jogadores nascidos no país disputarem a NBA, o Brasil perdeu espaço dentro da principal liga de basquete do mundo. Dos nove jogadores brasileiros que entraram em quadra na temporada passada, apenas cinco irão retornar para a NBA na atual edição do campeonato. Jogadores como Anderson Varejão, Leandrinho, Tiago Splitter não conseguiram fechar um contrato com uma franquia da liga, enquanto Marcelinho Huertas decidiu fechar com Baskonia, da Espanha.
Dos jogadores que permaneceram esse ano, o que se encontra em melhor condição é Nenê. Caminhando para a 16ª temporada na NBA, o pivô fez uma boa temporada com o Houston Rockets, o que motivou a equipe a renovar seu contrato. Nenê é considerado um jogador de rotação importante para as pretensões da franquia para este ano.
O time com mais brasileiros na liga é o Toronto Raptors, que conta com Lucas Bebê e Bruno Caboclo. Lucas conseguiu obter um pouco mais de minutos na última temporada e tem chances de contribuir com a franquia canadense. Já Bruno Caboclo ainda não conseguiu corresponder às expectativas criadas no draft, quando chegou a se comparado com o craque Kevin Durant, alternando entre o time principal do Toronto e a liga de desenvolvimento da NBA.
Os outros dois brasileiros na NBA são Cristiano Felício e Raul Neto. O primeiro renovou seu contrato por mais quatro anos com o Chicago Bulls e é considerado uma peça de valor para o futuro da franquia, podendo obter bons minutos na rotação da tradicional franquia para esta temporada. Já o segundo, no entanto, não está com contrato garantido com o Utah Jazz, podendo ser cortado do elenco até janeiro.