Visita

Ícone da ginástica rítmica treina pernambucanas por 10 dias

Giurga Takova Nedialkova já foi técnica da seleção brasileira e presta consultorias a clubes do País

Luana Ponsoni
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Publicado em 22/11/2017 às 15:40
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FOTO: Luana Ponsoni/Editoria de Esportes
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Referência mundial no treinamento de ginástica rítmica, a búlgara Giurga Takova Nedialkova, de 71 anos, encerrou na última terça-feira (21) um período de 10 dias de treinos com atletas pernambucanas. A visita faz parte do trabalho de consultoria que ela presta a diversos clubes do Brasil. Foi a segunda vez que Giurga esteve em Pernambuco para ministrar seus cursos a um grupo de ginastas. A primeira aconteceu há 21 anos, quando ela veio ao Recife a convite da ex-técnica da seleção brasileira Daisy Barros.

“Trabalhei com meninas de diferentes idades. Tinham atletas da categoria pré-infantil, infantil e outras que já vão para o juvenil. O meu objetivo foi ensinar técnicas de base, corporal e dos três aparelhos: arco, corda e bola. Espero que as meninas tenham aprendido. As técnicas vão dar possibilidades delas crescerem”, avaliou Giurga.

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Giurga treinou oito ginastas da técnica pernambucana Fátima Coelho - Luana Ponsoni/Editoria de Esportes
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A búlgara passou 10 dias trabalhando com as meninas - Luana Ponsoni/Editoria de Esportes
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A ex-técnica da seleção brasileira fez trabalhos de base com as pernambucanas - Luana Ponsoni/Editoria de Esportes

Durante a estadia no Recife, a búlgara trabalhou com oito atletas de Fátima Coelho. A treinadora pernambucana, inclusive, participou do primeiro curso de Giurga na cidade, em 1996. A partir dali, conseguiu resultados expressivos em competições nacionais. “Em 1998 eu fui para o Brasileiro, no Rio Grande do Sul, e fiquei em segundo lugar no individual e por equipes, com Bárbara Santana. No ano seguinte, convidei Giurga para treinar Bárbara e fomos campeãs nas duas disputas”, relembrou Fátima.

Apesar de ter identificado meninas com potencial no novo grupo pernambucano, Giurga apontou o choque cultural como um entrave ao trabalho. “Sempre há dificuldade para aprender coisas novas. Mas aqui há outra e se chama a educação das crianças do Brasil. Elas não são acostumadas a fazer as coisas sozinhas. Com isso, é muito difícil resolverem os problema no tapete (de treino). Sinto muito em falar, mas as crianças daqui, por causa da violência, são protegidas de tudo”, avaliou.

Ainda assim, a experiência com a treinadora búlgara foi aprovada pelas meninas de Fátima Coelho. “Foi tudo bem legal. Ela fala português e a gente aprendeu bastante. No início, tive dificuldade, mas consegui melhorar. Quando eu fazia equilíbrio, eu caía. Ela me ajudou muito porque eu comecei a ficar (na posição)”, contou a ginasta Giselle Costa, de 9 anos, um dos destaques do grupo.

A história da búlgara no Brasil não se restringe à consultoria. Em 1989, Giurga foi convidada pelo COB para auxiliar o País no Mundial de Sarajevo, na Bósnia e Herzegovina. Depois, atuou como treinadora da seleção nacional de 2009 a 2010.

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