O ronco dos motores mais famosos do mundo entra em cena no próximo domingo, dia 25, com a abertura da temporada 2018 da Fórmula 1. O GP de Melbourne, na Austrália, marca o início da disputa com um destaque negativo para os brasileiros. Com a aposentadoria de Felipe Massa das pistas após 16 anos na F1, o país, detentos de oito títulos na modalidade, não terá sequer um competidor. A participação verde e amarela é tão presente nos cockpits que desde 1969 não se tinha uma edição sem pilotos nacionais.
Entre as potências, nenhuma novidade. Enquanto nos primeiros treinos o inglês tetracampeão Lewis Hamilton, da Mercedes, foi superior aos demais, na segunda semana foi a vez da dupla da Ferrari, Sebastian Vettel (campeão de 2010 a 2013) e Kimi Raikonnen (2007) dividirem os melhores tempos. Atrás deles, o espanhol Fernando Alonso (2005 e 2006), da McLaren, fechou o trio da frente. A equipe inglesa decidiu manter o ex-campeão e o belga Stoffel Vandoorne mesmo depois da desatrosa campanha em 2017. Como alento para os torcedores, a McLaren trocou o criticado motor Honda pelo da Renault e resgatou as cores azul e laranja nos veículos depois de 50 anos.
A expectativa é que a supremacia da Mercedes no ano passado seja vista também em 2018, com RBR e Ferrari chegando perto na disputa pelo topo. Os austríacos da Red Bull Racing, inclusive, tem em Adrian Newey a esperança de conquistar novos títulos. O engenheiro, responsável pelos carros vitoriosos de Vettel, retorna ao comando da projeção dos carros. Na segunda linha de frente, Renault e Haas correm por fora. Os franceses terão Nico Hulkenberg e Carlos Sainz como pilotos, já os americanos terão Romain Grosjean e Kevin Magnussen, responsável pela maior velocidade nos treinos da pré- temporada com 336,4 km/h. Para o lugar de Massa, a Williams contratou o russo Sergey Sirotkin, de 22 anos. Além dele, a escuderia mantém o investimento na juventude do canadense Lance Stroll, de 19, companheiro do brasileiro no ano passado. No entanto, terá o experiente polonês Robert Kubica como piloto de testes.
CORRIDAS
Enquanto uns deixam, outros retornam ao esporte. Depois de uma década ausente, o GP da França reaparece no calendário da elite do automobilismo. Marcado para o dia 24 de junho, o circuito de Le Castellet, tradicional entre os anos 1970 e 1980, será disputado. A última vez que uma prova ocorreu no país foi em 2008, na pista de Magny-Cours, com Massa cruzando a linha de chegada em primeiro. Outra praça que está de volta é a da Alemanha, em Hockenheim, ausente em 2017. No ano anterior, na última prova sediada no local, Hamilton saiu com a vitória. Por outro lado, o GP da Malásia dá adeus ao circuito da Fórmula 1. A corrida era sediada no país asiático desde 1999 sem interrupções, mas o alto custo freou a realização do evento neste ano.
Para os saudosistas, mais uma alegria. Depois de mais de 30 anos, a Alfa Romeo está de volta ao grid. Com motores da Sauber, a companhia terá seus carros conduzidos pelo sueco Marcus Ericson e Charles Leclerc, natural de Mônaco. Sem representantes, os brasileiros terão no circuito de Interlagos o maior elo com o esporte nesta temporada. Mantido na agenda da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), a pista sedia o penúltimo grande prêmio do ano, no dia 11 de novembro.