Três paratletas da seleção brasileira de basquete em cadeiras de rodas foram afastadas da seleção sob a acusação de assédio. Segundo o Globoesporte.com, Lia Martins, Geisa Vieira e Danise Eusébio teriam assediado uma outra paratleta em fevereiro do ano passado. A vítima preferiu não se identificar e deve registar o boletim de ocorrência nos próximos dias.
Segundo a publicação, o caso aconteceu no alojamento do clube em que as quatro treinavam, o Gladiadoras/Gaadin, que fica na cidade de Indaiatuba, no interior de São Paulo. As três acusadas teriam derrubado a vítima no chão, tirado a sua roupa à força e depois utilizado um pênis de borracha para assedia-la. Toda a ação foi filmada e compartilhada em grupos de conversa no Whatsapp.
Uma quinta pessoa aparece nas imagens. É a antiga coordenadora da equipe, Gracielle Silva, que é vista segurando a vítima. Gracielle se suicidou no dia 29 de maio.
A vítima deixou a cidade em que o fato teria acontecido neste ano. Ela afirmou há três semanas que iria prestar queixa. Contudo, alegou problemas de saúde e ainda não tomou a atitude. A expectativa é de que ela faça isso nos próximos dias.
Lia Martins, uma das três acusadas, confirmou a veracidade dos fatos e se disse arrependida pelo o que fez. Ela é o principal nome da seleção brasileira de basquete em cadeiras de rodas, tendo participado das últimas três Paralimpíadas.
Por meio de nota, a Confederação Brasileira da categoria confirmou o afastamento e disse que a atitude visa resguardar as acusadas até que tudo seja esclarecido. Confira a nota a baixo.
NOTA OFICIAL
Comunicado de afastamento temporário de atletas
A CBBC, através de sua Diretoria Executiva de Comissão Técnica da Seleção Brasileira Feminina de Basquetebol em Cadeira de Rodas, depois de recebermos denúncia envolvendo as atletas da seleção brasileira Lia Martins, Denise Eusébio e Geisa Vieira que foram convocadas para a 2ª etapa de treinamentos preparatórios para o mundial da Alemanha, em reunião decidimos pelo afastamento das atletas mencionadas, com o objetivo de resguardá-las e de garantir o direito de defesa, assegurando o tempo para esclarecimento e apuração dos fatos, dependendo do resultado poderão ou não voltar a defender nossa seleção.
Diante do exposto, vimos informá-los da nossa decisão e fazemos votos de que tudo se esclareça da melhor forma.
Valdir Soares de Moura
Presidente