A canoagem de velocidade brasileira está de luto. Neste domingo (11), faleceu o treinador da seleção brasileira da modalidade, Jesus Morlán. O espanhol lutava contra um câncer no cérebro e tinha 52 anos. Morlán foi o grande responsável por alavancar o esporte no País a um nível jamais alcançado. Sob o seu comando, a equipe nacional conquistou três medalhas olímpicas e 10 em Campeonatos Mundiais.
Jesus Morlán teria falecido em um hotel de Lagoa Santa (MG), onde a equipe brasileira treina. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) emitiu uma nota de pesar, assim como a Confederação Brasileira de Canoagem.
“Lamentamos o falecimento do técnico Jesus Morlán que com seu trabalho e dedicação conseguiu transformar a Canoagem brasileira, levando nossos canoístas às medalhas olímpicas e aos melhorares resultados da nossa história. Temos certeza que o seu legado será mantido”, disse João Tomasini Schwertner, presidente da Confederação Brasileira de Canoagem.
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O diretor de esportes do COB, Jorge Bichara, destacou ainda a preocupação de Morlán em transformar a vida dos atletas. "Jesus sempre demonstrou uma atenção e preocupação enorme com o bem estar das pessoas que o cercavam e especialmente com a vida familiar e o futuro dos atletas que treinava. Lutou bravamente contra uma doença muito agressiva e sempre nos pediu para continuar orientando e liderando o time, e fazendo o que o deixava mais feliz ... e assim o fizemos”, disse Bichara. “Nesse momento temos que dar conforto a Tania sua esposa e Sofia, sua filha, além de seus familiares e amigos na Espanha e no Brasil”, completou.
FEITO
Foi o trabalho de Jesus Morlán que levou o Brasil, pela primeira vez, a um pódio de Olimpíada. Nos Jogos do Rio-2016, o País obteve três medalhas. Isaquias Queiroz foi prata na C1 - 1000m. Depois voltou ao segundo lugar mais alto do pódio com o compatriota Erlon Silva na C2 - 1000m. O País ainda teve o bronze, novamente com Isaquias, na C1 - 200m.
Jesus Morlán foi diagnosticado com um tumor cerebral em 2016. Passou por cirurgia e diversas sessões de quimioterapia e radioterapia. Ainda assim, fez questão de permanecer próximo aos atletas. Esteve com a delegação brasileira nos dois últimos Mundiais, em Montemor-o-Velho, Portugal, e Racice, na República Tcheca.