Contrariando o chavão de que “a melhor defesa é o ataque”, a zaga do Santa Cruz, além de evitar, vem fazendo os gols decisivos da Cobra Coral nos mata-matas da Copa do Nordeste e do Campeonato Pernambucano. Nos últimos dez jogos, o ferrolho tricolor deu certo, com só cinco gols sofridos. Na hora de balançar as redes, o artilheiro da equipe é o zagueiro Anderson Salles, que fez sete tentos em 2017.
Na atual temporada, os números comprovam a boa fase coral na parte defensiva. No ano, a equipe sofreu 12 gols em 20 partidas, média de 0,6 por jogo. No Nordestão, tem a melhor defesa da competição, junto com o Bahia, com apenas dois tentos sofridos em oito partidas. Na frente, são 31 gols feitos, média de 1,6 por duelo no ano. É o melhor ataque do Pernambuco, com 20 tentos em 11 confrontos locais.
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Principal destaque do início do ano coral, Salles comemora o fato de estar sendo decisivo no time, principalmente nas bolas paradas. Mas nega que o Santa se limite apenas a essa jogada. Até agora, o Tricolor do Arruda marcou 12 gols de falta ou pênalti na temporada. Desses, sete são do zagueiro.
“Acho que a gente joga normal, como as outras equipes. É lógico que, quando tem a bola parada, temos a vantagem. Fizemos muitos gols assim, mas a gente não joga em função disso. Todo mundo se defende bastante. É muito difícil entrar na defesa adversária, e com a gente não é diferente. Sabemos nos defender bastante e uma hora vamos lá pra fazer os gols”, explicou o defensor.
TITE
O atleta também lembrou o título nacional do Corinthians, em 2015, com o técnico Tite, atual comandante da seleção brasileira. Na ocasião, o time paulista, melhor defesa da competição com apenas 31 gols sofridos, ficou caracterizado como equipe que vencia muitos jogos no placar mínimo.
“O Corinthians foi campeão ganhando de 1x0. Tite, que todo mundo exalta hoje, foi campeão assim. Todo mundo fala do placar magro, mas estamos numa sequência boa e o mais importante é vencer. Se a gente continuar assim, vamos ser campeões e conseguir o acesso. Hoje, as equipes vem muito fechadas e é difícil fazer dois ou três gols. Quando a gente sai na frente, procuramos nos defender”, disse.