Após nove anos no Náutico, João Ananias vai vestir a camisa do Santa em 2017. Apresentado na última quarta (19), no Arruda, o volante falou que não guarda mágoas do Timbu, espera voltar a jogar como em 2015 e agradeceu por voltar pra sua casa.
SEM MÁGOA
Não tenho mágoa com o Náutico. Foi o clube que me fez surgir no mercado e me deu bastante alegria. Perdi financeiramente, porque tinha muita coisa pra receber, mas minha opção de vir pra cá e abrir mão foi pra ganhar na frente. Se Deus quiser, vou fazer bons jogos e subir pra Série A, rendendo bons frutos pra mim e pro Santa.
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VOLTA PRA CASA
Eu cheguei no Náutico em 2008, no juvenil. Foram nove anos lá. Tive muitos momentos bons e só tenho que agradecer por tudo, por ter realizado meu desejo e sonho de ser profissional. É estranho (vestir a camisa do Santa Cruz) porque foram muito anos no Náutico. Mas eu comecei aqui no Santa, com 15 anos, no futsal. Conheço a maioria dos jogadores e dos que trabalham aqui. Posso dizer que estou me sentindo em casa.
PROPOSTA
Recebi uma ligação do Santa dizendo que tinham uma proposta para mim. Já tinham falado com a diretoria do Náutico e estava tudo certo, só dependia da minha decisão. Tive que abrir mão de tudo que eu tinha lá para vir. Sei que perdi dinheiro, mas venho com o pensamento de que vou ganhar lá na frente, que aqui no Santa vou ser feliz. Disseram também que Givanildo pediu minha contratação. Estou feliz e motivado para buscar o acesso.
CONCORRÊNCIA
Na minha posição, não estava jogando lá (no Náutico). Derley, Elicarlos e Wellington Cézar são meus amigos. Cheguei pra ajudar sem passar por cima de ninguém. Professor Givanildo sempre foi muito correto e sábio nas suas decisões. Vai botar quem estiver melhor. Vou dar meu melhor nos treinos e nos jogos.
SUBIR
Já está na hora, principalmente pra mim, que em três anos bati na trave com o Náutico (na Série B). Vim pra cá porque é uma chance de voltar pro cenário do futebol de novo. O Santa me abriu as portas. Vamos brigar lá em cima e, se Deus quiser, vamos conseguir esse acesso.
ESPAÇO PERDIDO
Na verdade, prefiro nem comentar esse assunto porque são águas passadas. Se for comentar, vai ser ruim. Quero falar de coisas boas. Vim pro Santa, que é um clube grande e que está lutando pra subir. Tenho que retomar meu futebol, claro, todos sabem. Santa abriu as portas para que eu possa voltar a (desempenhar) o que vinha apresentando nos outros anos. Depois da lesão (ligamento cruzado, em 2015) não voltei bem ao futebol. Estou correndo atrás. Esse ano não tive muitas oportunidades, mas acredito que no Santa vou fazer meu melhor.
TORCIDA
Como todos sabem, aqui tem uma torcida de massa e que lota estádio. Quando saiu a notícia de que eu vinha, a maioria (dos tricolores) me deu parabéns, disse que estava vindo pro maior do Nordeste. Clube que luta por Série A e que, por vários anos, conquistou o Campeonato Pernambucano. Me deram bastante apoio e quero dizer que estamos juntos. Se Deus quiser, vou dar muitas alegrias dentro de campo.
SANTA E FAMÍLIA
Comecei no Santa no futsal Sub-15, em 2006 ou 2007. Conciliava com campo, com Hélder (Moura, agora coordenador de futebol do Santa) e Professor Wilton (Bezerra), auxiliar de Dado Cavalcante, trabalhando comigo. Sobre a minha família, meu pai é Sport e minha mãe gosta muito da torcida do Santa. Tenho vários tios e tias tricolores. Quando souberam que eu vinha pro Santa, deram bastante apoio, já falaram que querem camisa e que vão vir pro estádio.
PARTE FÍSICA
Estou pronto e tranquilo. Não estava jogando, mas dava meu melhor nos treinos. Agora a oportunidade apareceu e estou preparado. Agora depende do treinador.