Mesmo com a Série B em andamento, o elenco do Santa Cruz segue passando por um processo de reformulação. Ontem, a assessoria de comunicação tricolor comunicou, através da conta oficial do clube no Twitter, que o atacante Facundo Parra foi dispensado. Desde que chegou a equipe coral, o argentino de 32 anos disputou apenas oito partidas (sendo duas como titular) e não marcou nenhum gol.
Com mais esse desligamento, agora, já são oito jogadores que deixaram o Arruda durante a Segundona: antes de Parra, o lateral-esquerdo Roberto (Chapecoense), os volantes David (Goiás) e Federico Gino, os meias Thomás (Sport), Léo Costa e Pereira (Cuiabá) e o atacante Everton Santos.
Com tantas baixas, o grupo tricolor começa a ficar bastante reduzido, o que já começa a preocupar o técnico Givanildo Oliveira. “Conversa sobre reforços está sendo todo dia. Desde que cheguei, Tininho (Constantino Júnior) não vai ao estádio porque está adoentado. O problema é achar (jogadores)”, disparou o treinador.
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A principal carência do Santa Cruz, segundo Giva, é na lateral esquerda, já que após a saída de Roberto, ele só conta com Tiago Costa e com o garoto da base Eduardo Brito. “Indiquei os nomes de Gilson, do Botafogo, e de Carleto, mas não conseguimos fechar com nenhum deles. Vamos pensar em outros nomes, pois estamos precisando com urgência de um lateral-esquerdo”, falou o técnico tricolor, que também quer mais dois reforços para deixar o plantel mais forte, mas sem revelar as posições desejadas.
Para a disputa dessa Série B, a diretoria coral já acertou com 10 nomes: o zagueiro Sandro (Ceará), o lateral-direito Alex Travassos (Campinense), os volantes Kelvy (Ferroviária-SP), João Ananias (Náutico) e Derley (Al Fujairah, dos Emirados Árabes), os meias João Paulo (Tombense-MG) e Léo Lima, e os atacantes Ricardo Bueno (São Bento-SP), Augusto (Campinense) e Bruno Paulo (Corinthians).
CONTRADIÇÃO
Se por um lado o Santa Cruz necessita de reforços para poder se credenciar como um dos postulantes a briga pelo acesso à Série A, por outro, os dirigentes do clube estão com dificuldades para arcar com os compromissos do atual elenco - atualmente são dois meses de salários atrasados.
“O presidente está correndo atrás, procurando situações para efetuar os pagamentos. Você trabalhar com o salário em dia é uma coisa; com atraso, outra. Tenho certeza que todos vocês (da imprensa) têm responsabilidades e contas para pagar. A rádio, a televisão ou a jornal têm dia certo para pagar. Se atrasar um dia, já complica. Mas no futebol criou-se isso (a cultura do atraso). Quando era jogador, isso já acontecia”, recriminou Givanildo Oliveira.