Série B

Com Arruda em reforma, Santa Cruz sofre para conseguir treinar

Clube fechou parcerias, mas desgaste em deslocamentos preocupa jogadores e comissão técnica

Diego Toscano
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Diego Toscano
Publicado em 26/07/2017 às 7:17
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Clube fechou parcerias, mas desgaste em deslocamentos preocupa jogadores e comissão técnica - FOTO: Diego Toscano/JC
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Tudo começou no dia 17 de junho. No Arruda, Santa Cruz e Internacional praticamente não conseguiram jogar. Castigado pelas chuvas e pelo excesso de jogos, o gramado do estádio sucumbiu. O placar de 0x0 foi o retrato de um jogo em que a bola quase não rolou. Logo depois, a Comissão Patrimonial, junto com o Executivo, entrou em cena: interditou o Arruda para treinamentos e jogos e começou uma reforma no campo. Com isso, o Tricolor iniciou a sua peregrinação para conseguir treinar e jogar a Série B. O clube começou a ter dificuldades para conseguir treinar. Arena Pernambuco, Olinda e Aldeia têm recebido o Santa - veja quadro abaixo.

A mudança na rotina vem atrapalhando os planos do técnico Givanildo Oliveira. Na última terça (25), o técnico fez só seu segundo coletivo desde que chegou ao Santa, no dia 3 de julho. Além do elevado número de jogos em espaço curto de tempo, as chuvas na capital pernambucana e o desgaste para se deslocar estão preocupando o elenco.

“É complicado porque a gente vai se deslocar 40 minutos pra ir e 40 minutos para voltar (dos novos locais de treinamento). Perdemos mais de uma hora no total e isso complica um pouco”, afirmou o lateral Alex Travassos. “Sabemos da dificuldade que estamos enfrentando por não ter campo para treinar direto. O desgaste é complicado. Nós precisamos, a cada dia e treino, ter um campo bom para poder fazer os trabalhos que Givanildo pede. Queira ou não, isso nos prejudica”, complementou o volante Derley.

Uma das lideranças do grupo, Derley também afirmou que a equipe vai passar por cima de tudo isso para buscar o acesso. “Essa Série B é superação em todos os aspectos, seja dentro ou fora de campo. Além dos jogos, que já são complicados, vamos superar mais esse obstáculo. No final, com certeza vamos ver que esses sacrifícios valeram a pena e teremos um bom resultado, quem sabe até o acesso. Vamos passar por cima de tudo”, finalizou o volante.

PARCERIAS

Sem o Arruda, a equipe conseguiu uma parceria com o Espaço e Lazer do Hospital Português, na Estrada de Aldeia e a 16 km do Arruda. O local, que era utilizado apenas pelos funcionários do hospital, agora é um dos campos de treinamento do Santa enquanto o José do Rêgo Maciel permanece em reforma. “Estamos construindo nosso CT e, neste intervalo, essa parceria com o Português vai nos ajudar bastante”, afirmou Jomar Rocha, diretor de futebol do Santa, em entrevista ao site oficial do clube. A expectativa é que o Centro de Treinamento Ninho das Cobras, na Estrada da Mumbeca, na Guabiraba, esteja com um campo pronto até setembro.

Além do Hospital Português, outro parceiro do Tricolor é a Prefeitura de Olinda, que disponibiliza o estádio Grito da República, a 13 km do Arruda, para o Santa treinar. Por fim, para mandar seus jogos, a Cobra Coral fechou cinco jogos com a Arena de Pernambuco, localizado a 20 quilômetros do José do Rêgo Maciel. Lá, venceu o Brasil de Pelotas (3x0) e o Vila Nova (1x0), empatou contra Figueirense e Boa Esporte (ambos 1x1) e ainda enfrenta o Paysandu, no dia 1º de agosto.

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