Givanildo Oliveira chegou ao Santa Cruz com a pompa de Rei do Acesso. E as coisas pareciam se encaminhar por esse caminho logo nas primeiras partidas, devido aos cinco jogos de invencibilidade à frente da Cobra Coral (três empates e duas vitórias). A sequência fez o time e o próprio comandante caírem nas graças da torcida. Agora, com seis partidas de jejum na Série B (cinco derrotas e um empate) o cenário é outro. O trabalho de Giva passou a ser contestado pelos torcedores e livrar a equipe de uma queda para a Terceira Divisão nacional passou a ser o objetivo coral no momento.
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São dez jogos de Givanildo no Santa Cruz e apenas 30% de aproveitamento. As duas vitórias conquistadas na arrancada inicial foram as únicas do comandante até aqui - Vila Nova e Brasil-RS. E com a derrota para Guarani na última rodada, os tricolores entraram na zona de rebaixamento pela primeira vez (17º, com 23 pontos).
O fantasma da Série C ganha ainda mais força se analisado o desempenho nacional do tricolor nos últimos 12 anos. Foram oito mudanças de divisão nesse período. Seja por conta de acessos ou descensos. Em apenas quatro anos o clube não alternou de série (2009, 2010, 2012 e 2014).
Em 2005 e 2015, subiu para a Série A. Em 2006 e 2016 caiu para a Série B. 2007 e 2008 caiu para as Séries C e D respectivamente. E em 2011 e 2013 foram os acessos para a Série C e Série B nessa ordem.
O cenário foi definido pelo meia Léo Lima como delicado. Segundo ele, mesmo com as brincadeiras feitas entre os jogadores no dia-a-dia, o clima é de chateação no elenco coral.
“A nossa situação é delicada, mas não passa na cabeça de ninguém esse negócio de cair. Estamos muito chateados. A gente se diverte ali dentro do campo, brinca, mas sofremos. O time tem qualidade e vem sofrendo com isso. Vamos tentar ganhar do CRB, que é uma equipe muito qualificada também. Ganhando esse jogo, vamos em busca de uma sequência de vitórias”, disse o meia.
CULPA DE TODOS
Léo ainda tratou de tirar a culpa do técnico Givanildo Oliveira, que sofre uma enorme pressão por parte da torcida. Para ele, o erro é de todos e não apenas do comandante.
“Erramos todos. Tomamos um gol no sábado de bola parada, mas todo mundo errou. Errou porque alguém perdeu a bola, porque fizeram a falta. Sobre Givanildo, infelizmente o futebol é assim. Ele vem fazendo o seu trabalho certo. Se alguém tem parcela de culpa é todo mundo, é um conjunto. Chateado a gente está também, não só a torcida. Estamos chateados por várias coisas, não só futebol. Vamos nos doar o máximo para conseguir essa vitória”, concluiu.
