O Santa Cruz agiu rápido e anunciou neste domingo o nome de Marcelo Martelotte como substituto de Givanildo Oliveira (demitido no sábado) no comando da equipe. Essa será a terceira passagem do carioca de 48 anos como treinador da Cobra Coral. A terceira e, provavelmente, a mais complicada do técnico no Arruda. Diferentemente das outras duas (2013 e 2015), o novo comandante não terá tempo para trabalhar. Terá de administrar a crise coral fora e dentro de campo faltando apenas 16 rodadas para o fim da Série B. Seu último clube foi o Paraná, em 2016. Marcelo será apresentado nesta terça-feira, ainda sem horário definido.
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Ainda como goleiro, o agora treinador foi campeão pernambucano em 1990 com o próprio Santa Cruz. Mas a situação atual do clube não é a mesma. Está na 18ª colocação com 23 pontos e vindo de sete jogos sem vencer (seis derrotas seguidas).
O acesso é praticamente impossível. Se quiser repetir o feito de 2015, Marcelo terá que ter um aproveitamento de 87%, ganhando 42 dos 48 pontos que ainda restam. O feito faria o Santa Cruz chegar aos 65 pontos, deixando bastante provável a subida de divisão.
Se a ascensão à Primeira Divisão é complicada, livrar a equipe do rebaixamento parece ser uma tarefa mais simples. Para chegar aos 47 pontos (pontuação que praticamente livra a queda para a Série C), será preciso 50% de aproveitamento. O Santa Cruz terá que conquistar 24 pontos em 16 rodadas. Ou seja, a Cobra Coral terá que vencer oito partidas.
Além dos problemas dentro das quatro linhas, o técnico terá que superar a crise financeira que o clube atravessa. São dois meses de salários atrasados.
APROVEITAMENTO IGUAL
Coincidentemente, Martelotte teve 65% de aproveitamento nas outras duas passagens. Em 2013, fez 27 jogos à frente do Tricolor do Arruda. Foram 16 vitórias, cinco empates e seis derrotas. Conquistou o título do Campeonato Pernambucano e logo em seguida trocou o Arruda pela Ilha do Retiro, indo comandar o Sport. Foi uma saída conturbada e que acabou gerando a desconfiança da torcida na sua volta, dois anos depois.
Mas os olhares tortos deram lugar à euforia tamanho aproveitamento do treinador na Série B em 2015. Fez 30 jogos na competição e acabou levando o clube à Primeira Divisão depois de dez anos longe, com uma campanha de 18 vitórias, cinco empates e sete derrotas. Assumiu o Santa Cruz na oitava rodada, em 18º e com cinco pontos ganhos. Acabou a competição em 2º, com 67.