A posse de bola – pouca ou muita – é um dos pontos mais discutidos no futebol brasileiro em 2017 pelo fato de o Corinthians, time de maior sucesso na temporada e líder do Brasileirão adotar um sistema de jogo em que permite ao adversário trocar bem mais passes para aproveitar os espaços. O Santa Cruz, que venceu o Goiás dessa forma na sexta-feira (15) pela Série B também foi alvo de comentário pelo próprio técnico Marcelo Martelotte, que já avisou: “Se for para acontecer o que aconteceu, dou a bola para o adversário o jogo todo”.
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Os números não mentem: o time goiano teve 60% de posse de bola, mas o Santa, além de três gols, mandou três bolas na trave. Para Martelotte, foi essa eficiência que o levou a colocar a vitória como incontestável.
“O Goiás teve uma oportunidade no primeiro tempo numa cabeçada que o Julio pegou. Quem não viu o jogo e olha o placar e as três bolas na trave do Santa Cruz pode pensar que poderia até ser mais”, lembrou.
INVERSÃO
Ele também citou como exemplo a Série A, com a mesma tendência à inversão de +posse de bola/ -eficiência. “Temos essa mesma discussão na Série A, onde os melhores times têm menos posse. Se você estiver organizado, marcando bem a bola, ela pode estar com o adversário sem problema nenhum”, pontuou.
Por isso ele destacou a forma com que o time se defendeu, inclusive colocando que, ainda no primeiro tempo o Santa teve as melhores chances. “Efetivamente fomos melhores que o Goiás e o fato de eles terem mais posse de bola não diz que tenha sido superior”.