Série B

Bons filhos a casa tornam: Santa Cruz repatriou seis em 2017

Tricolor trouxe de volta jogadores que tiveram sucesso em passagens anteriores no clube

Diego Toscano
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Diego Toscano
Publicado em 24/09/2017 às 7:03
Rodrigo Baltar/Santa Cruz
Tricolor trouxe de volta jogadores que tiveram sucesso em passagens anteriores no clube - FOTO: Rodrigo Baltar/Santa Cruz
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“Tem alguma coisa na água daqui. Todo mundo volta.” Com bom humor, essas foram as primeiras palavras do técnico Marcelo Martelotte sobre uma tendência na atual temporada coral. Hoje, o Santa Cruz tem seis atletas que, como bons filhos, pra casa voltaram em 2017. De jogadores consagrados até promessas do clube, o Tricolor está repatriando peças importantes da sua história recente.

“Quando (o meia) Natan chegou, disse que não precisava nem apresentar o clube para ele. Já conhece tudo. Acho que esses retornos vem muito dessa relação de paixão com o torcedor. Normalmente quem volta é porque teve uma passagem vitoriosa. Sentir o gosto de ganhar pelo Santa Cruz é uma coisa diferente. Você vai querer voltar para buscar vencer novamente. E essa questão da dificuldade (financeira e estrutural do clube) valoriza mais a conquista. É mais difícil sempre”, explicou o treinador Martelotte, em entrevista ao JC.

O VENCEDOR MARCELO

O mais emblemático deles é o próprio Marcelo Martelotte. Na sua quinta passagem pelo Tricolor do Arruda, entre treinador e jogador, Martelotte aceitou o duro desafio de tirar o Santa da atual crise acreditando na sua vitoriosa história no Santa. Em 1993, foi campeão do Pernambucano como goleiro. Seis anos depois, voltou pras traves corais e participou da campanha na Segundona, que culminou com o acesso para a elite. Já na beira do campo, levou outro Estadual, em 2013, e recolocou a Cobra Coral na Série A, duas temporadas depois, em arrancada que saiu da zona de rebaixamento para o G-4 em três meses.

“Muitas pessoas me chamaram de louco por aceitar (o convite de voltar), até por entender que eu estaria arriscando o que já fiz no Santa. Mas tenho um carinho muito grande pelo clube e não poderia deixar passar essa possibilidade de retribuir a felicidade que tive aqui. Prefiro analisar pelo lado positivo. As coisas dão tão certo pra mim aqui que não pensei muito antes de voltar. Falei pros jogadores que, se eu não tivesse certeza que a gente ia escapar do rebaixamento (na Série B), não estaria aqui”, disse.

GRAFITE

Principal referência do elenco coral, Grafite também tem um longa história com a Cobra Coral. Começou em 2001 e teve seu ponto máximo na temporada passada, com as conquistas do Pernambucano e da inédita Copa do Nordeste. Hoje, na quarta passagem pelo Arruda, é um ídolo pra torcida e já se comporta como “dirigente” nos bastidores, buscando receitas e conversando com o elenco sobre os atrasos de salários do clube.

NATAN

Cria da base, Natan foi o último a voltar pro Santa. Maestro da equipe na campanha de 2013 com Martelotte, o meia retorna após três anos longe do Arruda. E teve “ajuda” de outro xodó da torcida coral. “Renatinho me deu muita força pra voltar. Disse que ia ser bom pra mim tentar ajudar o Santa. Sempre me senti muito bem acolhido aqui. Fui bem recebido e espero retribuir o carinho”, afirmou Natan, na sua coletiva de apresentação.

Além dos três, o lateral Nininho, também da base, e os volantes Derley e Bileu também retornaram para o Tricolor do Arruda na temporada.

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