Porta-voz do elenco do Santa Cruz, Grafite se diz frustrado na volta ao Santa Cruz. Na sua quarta passagem pelo clube, o jogador convive novamente com o problema dos salários atrasados no Arruda. Hoje, a Cobra Coral deve quase três meses a atletas e comissão técnica. Segundo o camisa 23, nos bastidores, fala-se que nem em 2007, ano que o Tricolor caiu para a Série C - queda que também se encaminha na atual temporada -, a situação financeira era tão difícil.
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"É frustrante porque todos sabem do carinho que tenho pelo clube. Nenhum jogador volta quatro vezes se não tem sentimento. Sempre quis ajudar o Santa. Apesar da minha volta, dentro do campo, não estar sendo das melhores, estou tentando ajudar na luta do dia a dia. Lembro que Martelotte e Givanildo falaram que, desde quando jogaram aqui, era assim: treinava no Arruda porque não tinha outro campo e convivia com problemas salarias. Dessa vez, a situação é muito delicada. Não estava aqui em 2007, quando caiu. Mas o que ouço é que não estavam tão endividados quanto hoje", afirmou o atacante do Santa Cruz.
CHANCE PERDIDA E FUTURO
Para o atacante, o Santa Cruz perdeu uma grande chance de se restabelecer como potência nordestina no cenário nacional em 2016, quando foi campeão do Nordestão e jogou a Série A. "Ano passado, teve uma chance única de subir de patamar. Não conseguiu dar esse passo para se agigantar mais. E a gente torce para que novos dirigentes venham com novas metas para o clube se reerguer. Sair uma vez (da Série C) é teoricamente fácil. Duas ou três vezes, é difícil. Primeiro, é claro, tem que tentar se manter na Série B. Quem sabe um milagre não acontece", finalizou Grafite.