O técnico Júnior Rocha chega ao Santa Cruz para o maior desafio da carreira. Uma missão recebida com muito gosto pelo treinador que se diz preparado para o convite que foi aceito. Fruto da determinação, estudo e preparo técnico e pessoal ao longo de 12 anos vivendo dentro do futebol, como jogador e treinador. Natural de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, ele é um aficionado por futebol. Como também pelos objetivos profissionais. Passou cinco anos seguidos no Luverdense, com um breve intervalo para comandar o Novo Horizontino no Campeonato Paulista nesta temporada.
“Júnior (Rocha) fora do campo é gente boa. Não vou mentir. Não vou vender o produto que não existe. Vivo o clube 24 horas e dificilmente perco o foco. Foi assim em todas as equipes que passei na vida. Montar o Luverdense não foi fácil pela distância e dificuldade de logística. Conseguimos com muita dedicação e amor pelo que gosto de fazer”, afirmou o técnico.
Júnior Rocha se mostrou bastante amante da teoria do futebol. Antes de ser apresentado no Santa Cruz na última terça-feira, esteve na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no curso de “licença A” da entidade ao lado de grandes treinadores brasileiros. Tem como perfil profissional muita dedicação no dia a dia e preza por um time organizado e bem distribuído em campo. Recém-casado, ainda sem filhos, divide a rotina entre trabalho e lazer com a família. “Também sou muito estudioso. Passo a maior parte do tempo olhando muitos jogos na TV. O que é um dever do treinador. Tem que estar se atualizando quanto aos jogadores e modelos de jogos. Além disso, gosto de ficar em casa e aproveitar a família”, disse o treinador.
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O novo comandante coral pendurou as chuteiras aos 30 anos, em 2011, no time que despontou na carreira de treinador: o Luverdense. A princípio, não iria seguir no futebol. Mas depois de dois meses em casa sentiu saudade do mundo da bola. Até nas horas vagas não consegue se desligar do esporte. “Voltei para minha cidade natal, dei seguimento ao curso de Educação Física e retornei em 2013 para comandar o Luverdense depois de começar nas categorias de base do Aimoré-RS”, declarou Júnior Rocha. “Não tem como desconectar do futebol. Às vezes, converso sobre as histórias da infância com os amigos e família. Sou um cara tranquilo, gente boa, mas me transformo dentro do campo nos jogos e treinamentos. É foco total. Muda e desconecta o Dilceu Rocha Júnior (seu nome completo)”.
Se engana quem pensa que esta é a primeira passagem do técnico por Pernambuco. Quando jogador, teve uma rápida passagem pelo Central, ao lado do ex-lateral-direito Russo e o ex-zagueiro Batata. Era atacante, mas não era dos mais habilidosos, segundo o próprio, e compensava com foco e determinação. “A receptividade foi muito boa. Tinha um diretor na época que nos recebeu muito bem. Cheguei do Rio Grande Sul, um choque muito grande, mas gostei muito da cultura da cidade. Pena que não deu para balançar o esqueleto (risos)”, pontuou Júnior. “Sempre tive consciência de que precisei trabalhar e me preparar melhor que os zagueiros. Tive um sério problema de lesão no joelho, mas foi no XV de Piracicaba que tive meu melhor momento. Despertei até o interesse do Grêmio.”
Treinador e apaixonado pelo futebol, o técnico do Santa Cruz acredita que com empenho, trabalho e foco é possível conseguir os objetivos e alcançar o sucesso no futebol. “Ter um padrão defensivo é muito mais fácil do que um ofensivo. Construir é muito mais difícil do que desconstruir. Os números do que esquema são bonitos no início do jogo, que depois varia muito. Tenho uma convicção desde o início da carreira de que um time organizado dificilmente perde para um desorganizado. Só se tiver um jogador diferenciado, que quebre as linhas”, finalizou o novo e empolgado comandante do Santa Cruz.
