Depois de mexer com a cabeça e o futebol dos jogadores do Santa Cruz, o técnico Júnior Rocha terá tempo para aperfeiçoar o esquema tático que trouxe a primeira vitória da temporada, contra o Treze, terça-feira. Saiu do esquema 4-1-4-1 e foi para o 4-4-2, adotando uma postura reativa, jogando mais no contra-ataque. Com isso, diminuiu os espaços e tornou as investidas mais rápidas e objetivas. O próximo jogo está marcado para Quarta-Feira de Cinzas, contra o Afogados, fora de casa, pelo Estadual.
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Com Vinícius centralizado, Arthur Rezende criando ao lado de Jeremias e Robinho, esses mais abertos, o quarteto comandou o ataque coral. Por sinal, esses dois últimos são os pontos de equilíbrio do Santa Cruz de Júnior Rocha, pois na recomposição fecham a segunda linha pelas laterais, junto com os volantes Jorginho e Luiz Otávio.
Já no setor defensivo a mudança tática diminuiu os espaços. Enquanto Jorginho se preocupa mais na proteção da zaga, Luiz Otavio é o responsável pela transição, devido ao bom domínio e passe. Outro ponto positivo foi a chegada de Ávila, que trouxe o equilíbrio para as laterais, sem sobrecarregar Vitor, na direita.
Júnior Rocha revelou que o início no 4-1-4-1 foi para atender os jogadores que acharam melhor essa formação. Só que depois da eliminação na primeira fase da Copa do Brasil para o Fluminense-BA, foi preciso o técnico tomar uma atitude. “Iniciamos trabalhando com as duas linhas e foi o treinador aqui que mudou depois de perguntar para eles o que era melhor. Eles me disseram: o 4-1-4-1. Treinamos até menos, mas eles se adaptaram melhor no começo. Não dando certo foi necessário eu intervir. Tive que mudar. Dividimos a responsabilidade, mas foi preciso alterar a formação. Tínhamos que achar uma forma mais rápida de conseguir a vitória e tomar menos gols”, afirmou o comandante.
MÉRITOS
Outro ponto apontado como primordial pelo técnico do Santa Cruz foi a consciência dos jogadores sobre o perfil do clube. Júnior Rocha fez questão de dividir o mérito da primeiro vitória com os comandados.“Todos que vieram para cá, tirando um ou dois, não conheciam o Santa Cruz. A cultura do clube é entrega, raça e competitividade. Até porque a torcida é assim. É alma”, disse. “A mudança foi visível. Mérito total deles que compraram a ideia e fizeram as coisas evoluírem”, finalizou.