Finalistas do Campeonato Pernambucano deste ano, Náutico e Central entraram na disputa das Séries C e D do Campeonato Brasileiro, respectivamente, com uma alta expectativa. A base formada com a disputa do Estadual, somada com a chegada de alguns reforços pontuais, parecia que renderia bons frutos na disputa dos torneios nacionais. A realidade, no entanto, foi bem diferente para as duas equipes.
Campeão pernambucano encerrando uma fila de quase 14 anos sem títulos, o Náutico teve uma grande queda de rendimento no início da Série C. O Timbu está na lanterna da competição com apenas quatro pontos ganhos. De acordo com o atacante Ortigoza, artilheiro da equipe na temporada, o relaxamento após a conquista pode ser um dos fatores para a queda de desempenho da equipe no Brasileiro.
“Tem muitos fatores. Esse relaxamento normal de um título afeta um pouquinho. A gente estava com uma pressão bastante grande no início do ano e graças a deus levamos o Pernambucano. Mas agora tem que virar a página e focar completamente no que vai ser o mais importante, que é a Serie C para o Naútico”, afirmou o atacante.
Os resultados ruins na Terceira Divisão já causaram grandes mudanças no futebol alvirrubro, sendo a principal delas a saída do técnico Roberto Fernandes. Após duas partidas sob o comando do interino Dudu Capixaba, a diretoria alvirrubra apostou no técnico Márcio Goiano para recuperar a equipe no restante do torneio, evitar o rebaixamento para a Série D e ainda pensar em acesso.
Já para a Patativa, vice-campeã do pernambucano, o ano de 2018 já está praticamente encerrado. Já eliminado na Série D e sem o técnico Mauro Fernandes, que saiu da equipe após a desclassificação, o Central entra em campo hoje pela última rodada da competição apenas para cumprir tabela contra a Jacuipense no Luiz Lacerda, buscando se despedir do torneio com uma vitória.
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Algo bem distante do discurso de lutar pelo acesso para a Terceira Divisão, levantado após a boa campanha no Estadual. Apesar do insucesso no Brasileiro, o ano ainda fica com um saldo muito positivo para equipe de Caruaru, resgatando parte do orgulho do torcedor alvinegro e garantindo ainda um calendário além do Campeonato Pernambucano para 2019, com as disputas da Série D e, principalmente, da Copa do Brasil. Algo que os outros representantes do Estado na Série D, Flamengo de Arcoverde e Belo Jardim, também já eliminados na competição, não conseguiram.
OPINIÃO
“No Náutico, todos tinham a ciência que o time era limitado. Mas soube reconhecer essa limitação e tirar o máximo dela. Jogando com uma vontade acima da média, vencendo os adversários com mais transpiração que inspiração”, destacou o colunista do JC, Carlyle Paes Barreto. “No caso do Central, era natural a queda após o sentimento do dever cumprido. Com a chegada à final, o time perdeu o foco. Pensando mais em transferência do que seguir o trabalho”, acrescentou.