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Da lesão ao gol decisivo, a redenção de Vítor no Santa Cruz

Lateral passou cinco meses afastado na temporada passada e marcou de falta um dos gols mais decisivos da temporada

Diego Borges
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Diego Borges
Publicado em 20/08/2018 às 16:34
Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
Lateral passou cinco meses afastado na temporada passada e marcou de falta um dos gols mais decisivos da temporada - FOTO: Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
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O relógio marcava 45 minutos do primeiro tempo. O Santa Cruz tinha uma falta para cobrar, próxima à entrada da área. Mesmo com Carlinhos Paraíba e Arthur Rezende, que treinam cobranças, na bola, coube ao lateral-direito Vítor ir para o lance e fazer a alegria da torcida. Foi o primeiro gol de falta dele na carreira. Um tento simbólico, já que foi com a mesma perna direita da fratura que o afastou por cinco meses do gramado, no ano passado. Uma redenção que pode colocar a Cobra Coral na Série B.

Vítor relembrou a conversa com os colegas e revelou como recebeu a autorização para cobrar a falta. “Na verdade, não era para eu bater. Quem tinha sido escalado é quem treina mais que eu. Eu treino, mas não tanto quanto eles. Mas era no momento. Eu acredito que pelo respeito que eles têm por mim, acabaram cedendo a bola. Eu estava confiante e consegui fazer o gol.”

“Só tenho o que agradecer aos companheiros por cederem a bola em um momento de mais cobrança. Esse sinal de humildade da parte deles e de confiança também. E consegui acertar um belo chute”, completou.

Mesmo com uma carreira tão consolidada e diversos títulos conquistados, Vítor revela que marcar um gol de falta era um desejo ainda não realizado. “Eu tinha esse sonho. Ficava em casa assistindo aos jogos, via os gols de falta e falava para a minha esposa que tinha esse sonho. Ela dizia ‘treina, que você consegue fazer.’ Só que nessa idade, eu também não posso exagerar em fazer complementos, e às vezes quando estou um pouco mais cansado eu vou treinar”, destacou, antes de lembrar a comemoração após a partida.

“Na hora que fiz o gol, tive essa conversa em casa. Fiz o gol logo no momento em que o clube mais precisava. O ano inteiro nos preparamos para isso, para disputar o acesso, e num jogo truncado e disputado, que poderia ser decidido numa bola parada, fui abençoado com esse gol que sonhava tanto. No momento certo acabou vindo”, ressaltou.

A RECUPERAÇÃO

Vítor revelou ainda o momento de euforia após o balançar das redes, vendo a última grande lesão como apenas mais um obstáculo dos tantos que deixou para trás na vida. “É até difícil de explicar. Passa tudo na nossa mente na hora. Essa lesão foi difícil, mas tive muito mais dificuldades do que isso. Desde pequeno até conseguir ser jogador de futebol. Então, naquela lesão, eu sabia que voltaria mais forte. Momentos piores eu já vivi. Não poderia me atrapalhar em nada”, disse, antes de ressaltar o poder de recuperação. “Apesar da idade, com cinco meses passei a treinar normal e consegui jogar no ano passado. Tudo é aprendizado.”

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