A decisão de substituir Daniel Paulista no comando do Sport começou a ser desenhada antes mesmo do empate por 1x1 com o time reserva do Santa Cruz, neste domingo (26), na Ilha do Retiro, pela oitava rodada do Pernambucano. Pelo que apurou a reportagem do JC, a diretoria rubro-negra havia iniciado sondagens no mercado em busca de um novo técnico cinco dias antes, horas após o time apresentar um futebol abaixo da crítica e ser derrotado por 2x1 pelo Sampaio Corrêa, em São Luís (MA), no desfecho da primeira fase da Copa do Nordeste.
A incumbência de encontrar o novo técnico do Sport foi dada ao executivo de futebol do clube, Alexandre Faria. Em vez de retornar ao Recife com o restante da delegação rubro-negra, ele seguiu diretamente para Belo Horizonte. Na capital mineira, esteve em contato com os treinadores Marcelo Oliveira e Ney Franco. As conversas com o primeiro não avançaram por dois motivos: o alto salário que foi pedido por ele e pelo fato de sua família estar colocando empecilhos para a transferência à Ilha.
Com isso, o foco foi direcionado totalmente para Ney Franco, mineiro de 50 anos, que teve em 2016 um ano sabático - dedicou-se apenas a estudar futebol. As conversas evoluíram bem e ele ficou de sobreaviso, aguardando apenas um novo contato da diretoria rubro-negra. O que aconteceu logo após o Clássico das Multidões.
O último trabalho de Ney Franco foi em 2015, no Coritiba. Acabou demitido após uma sequência de seis partidas sem vitória (cinco derrotas e um empate). O seu auge em clubes aconteceu em 2006, quando conquistou a Copa do Brasil no comando do Flamengo, e em 2016, quando se sagrou campeão da Sul-Americana pelo São Paulo.