O filho da dona Maria de Jesus cresceu e hoje desponta como uma das grandes promessas do Sport. Edimar Ribeiro da Costa Júnior, ou Juninho, como é conhecido dentro do gramado, vem caindo rapidamente nas graças do torcedor rubro-negro. Não por acaso. O prata da casa de 18 anos não se intimida com a pressão que gira em torno de partidas decisivas. Contra o Náutico, domingo (16/4), pelas semifinais do Pernambucano, teve uma atuação decisiva. Predestinado, marcou dois gols em dois minutos e virou a peleja a favor do Leão (3x2). Agora, o talismã, que já tinha garantido o triunfo contra o Joinville, na semana passada, pela Copa do Brasil, curte a fama repentina.
Brilha a estrela de Juninho. O @sportrecife vira na Ilha do Retiro: 3x2 em cima do @nauticope. pic.twitter.com/HSzvOUvcC9
— Jornal do Commercio (@jc_pe) 16 de abril de 2017
"Foi um dia tranquilo (nesta segunda, depois do clássico), mas muito bom para mim. Fiquei vendo as postagens do pessoal nas redes sociais sobre o jogo. Ainda estou vendo várias vezes o lance dos meus gols e muito feliz com esse momento que estou vivendo na carreira. Agradeço a Deus por tudo que está acontecendo comigo e quero continuar ajudando o Sport a atingir seus objetivos”, disse Juninho ao JC. Confira a entrevista completa clicando no player abaixo.
Além dos gols, o que tem chamado a atenção são as comemorações de Juninho. Contra o Joinville, tirou a camisa e jogou para a torcida. Para sua sorte, o torcedor devolveu a camisa para o gramado e o atacante pôde voltar à partida. Diante do Náutico, Juninho passou em frente ao banco de reservas do Timbu e acabou trombando no técnico Milton Cruz. Antes que houvesse um tumulto maior, Diego Souza tirou o garoto e apertou a mão do comandante alvirrubro.
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Nascido e crescido na cidade de Amarante, no interior do Piauí, Juninho foi para a capital Teresina bastante jovem. Lá, deu seus primeiros passos como jogador de futebol pelo Flamengo-PI em 2014, mas não tinha garantias e o clube vivia uma fase precária, o que refletiu diretamente nos jogadores e no desempenho deles dentro de campo. “Foi um momento muito difícil que eu passei na carreira. Os patrocínios faltavam e eu cheguei, na época, até a passar fome. Eu jogava no sub-17, mas só tinha 15 anos. Agora, as coisas estão diferente aqui no Sport”, emendou a joia rubro-negra.
Juninho, autor de dois gols do @sportrecife na vitória contra o @nauticope, comenta o momento iluminado com a camisa rubro-negra. pic.twitter.com/Tadc92RwXy
— Jornal do Commercio (@jc_pe) 16 de abril de 2017
Em 2015, graças ao olheiro João Maradona (que o encontrou numa “peneira” realizada no Piauí), Juninho veio à capital pernambucana para defender o Sport. Morou por dois anos nos alojamentos da Ilha do Retiro e em 2017 passa pela melhor fase de sua carreira. E não só dentro das quatro linhas. Hoje, vive em um apartamento alugado no bairro de Boa Viagem junto com a irmã de 25 anos e a esposa, de 17. “Morar lá na Ilha não era ruim, mas agora está muito melhor como estou vivendo. O clube dá toda a estrutura para os atletas viverem lá, mas morar em casa com a família é melhor para poder fazer meu trabalho tranquilo nos treinos e nos jogos”, contou Juninho.
TITULARIDADE
Com as boas atuações e os gols, Juninho deu ao técnico Ney Franco uma “boa” dor de cabeça, uma vez que André vive sua maior seca de gols – não balança as redes adversárias há oito jogos. Números que colocam ainda mais dúvida para Ney Franco sobre a titularidade de Juninho ou André no ataque do Sport para o jogo contra o Joinville, em Santa Catarina, pela Copa do Brasil. O treinador vai definir nesta terça-feira (18/4) quem vai jogar.