MOTIVOS DO INCUSESSO

As falhas do Sport que custaram o título do Nordestão

O Sport não conseguiu chegar ao tetracampeonato Regional por uma série de fatores. Entre eles, os erros de Ney Franco e o sistema defensivo vulnerável

Felipe Holanda
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Felipe Holanda
Publicado em 25/05/2017 às 9:22
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O Sport não conseguiu chegar ao tetracampeonato Regional por uma série de fatores. Entre eles, os erros de Ney Franco e o sistema defensivo vulnerável - FOTO: JC imagem
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O Sport não conseguiu chegar ao tetracampeonato na Copa do Nordeste depois de perder a grande decisão para o Bahia por 1x0, nesta quarta-feira (24/5), na Arena Fonte Nova. Alguns fatores foram primordiais para insucesso da equipe rubro-negra, que teve uma campanha de altos e baixos no Nordestão.

ESQUEMA TÁTICO 

Um dos maiores erros do Sport na Copa do Nordeste foi a fragilidade do esquema tático utilizado por Ney Franco. Ou a ausência dele. O time raramente conseguia mostrar algo novo e variava mais de formações do que peças. Chegou a jogar no 4-3-3, 4-4-2, e por último, contra o Bahia, no 3-5-2. Poucas vezes a equipe jogou bem e não desleixou durante os 90 minutos de bola rolando. 

Além da ausência de esquema tático, Ney Franco fracassou em várias substituições do Sport. No duelo final, por exemplo, errou em todas as mexidas que efetuou, colocando Marquinhos, Everton Felipe e Leandro Pereira, respectivamente, nas vagas de Raul Prata, Fabrício e Ronaldo. Sem dar "sua cara" à equipe leonina, o ex-técnico não deve deixar saudades ao time da Praça da Bandeira.

DEFESA VULNERÁVEL

Dono do segundo melhor ataque da Copa do Nordeste, o Sport terminou o torneio com a terceira pior defesa com 13 gols sofridos em 12 jogos (média de mais de um gol por partida), à frente apenas de Uniclinic-CE (24) e Motoclub-MA (15), que caíram ainda na fase de grupos do Nordestão como lanternas de suas chaves.

Além da vulnerabilidade, o sistema defensivo do Sport também sofreu com lesões. Ronaldo Alves, por exemplo, ficou de fora de três dos quatro últimos jogos da Copa do Nordeste. Quando entrou, no clássico contra o Santa Cruz, na volta da semifinal, deixou o gramado ainda no 1º tempo por conta de lesão. O colombiano Henríquez foi outro que também desfalcou o time pelo mesmo motivo, restando apenas o veterano Durval e o questionadíssimo Matheus Ferraz. 

VOLANTES SEM CRIAR

Uma das primeiras mudanças de Ney Franco no Sport foi a utilização do esquema com três zagueiros. No início, até deu certo, com Rithely atuando com mais liberdade e chegando constantemente ao ataque. Mas durou pouco jogos. E a desorganização começou a refletir lá atrás, na defesa. 

Com Rithely suspenso, o Sport não rendeu o esperado. Os pratas da casa Fabrício e Ronaldo não deram conta do recado nos momentos decisivos. A ausência de regularidade de ambos culminou com um meio-campo sem proteção suficiente à zaga e quase sempre inativo na criação de jogadas.

FALTOU PONTARIA 

Três jogadores do Sport tiveram quatro gols marcados e chegaram à final com uma chance, mesmo remota, de terminar na artilharia da Copa do Nordeste. Eram eles: o meia Diego Souza e os atacantes André e Rogério. A pontaria e o faro de gol, contudo, faltaram. Principalmente nas fases decisivas. 

Na grande decisão, Régis, com seis gols, nem precisou marcar para terminar o torneio com a chuteira de ouro. A de prata ficou com outro atleta da equipe soteropolitana, o atacante Hernane Brocador, velho conhecido do torcedor rubro-negro. 

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