Acabou o amor. A frase pichada no muro da Ilha do Retiro, próximo à bilheteria do arco, mostra bem o sentimento de parte da torcida rubro-negra em relação ao “falso ídolo” - como classificou o autor do protesto - Diego Souza. No entanto, houve apoio ao treinador Vanderlei Luxemburgo, que deu uma sonora bronca no elenco após a vexatória goleada sofrida para o Grêmio, 5x0, sábado, em Porto Alegre. Apesar de o desembarque da delegação no Recife, ontem no começo da tarde, ter sido tranquilo, o clima é de tensão e cobrança. Muita cobrança.
Sem vencer há cinco jogos pela Série A, o Leão despencou na classificação e agora é o 11º colocado, com 29 pontos, a quatro da Chapecoense, primeiro integrante da zona de degola. Por isso, a citada cobrança veio do próprio treinador. Em alto e bom som. Em áudio vazado da conversa nos vestiários da Arena do Grêmio após a goleada, o técnico esbravejou, entre outras coisas, que todos deveriam “ter vergonha na cara”.
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Depois, na conversa com os jornalistas, o tom ainda foi duro. “Estou saindo daqui (jogo) envergonhado. Sem tirar méritos do Grêmio, que é o segundo colocado e mostrou que tem elenco, faltou muita coisa para nós. Quero dizer para o torcedor que o meu sentimento é o mesmo que ele deve estar. O que fizemos em campo foi uma coisa que não condiz com a realidade do Sport”, disse Luxemburgo, que também prometeu ação. “Frequentei a zona de Libertadores e houve essa queda de rendimento. Não vou permitir que isso aconteça (entrar na zona de rebaixamento). Vou trabalhar como um louco, com minha experiência e sabedoria de futebol, fazendo as coisas que precisam ser feitas. As coisas têm que caminhar de forma diferente”, adicionou o técnico rubro-negro.
REDES SOCIAIS
A torcida rubro-negra também reagiu de forma contundente nas redes sociais. E no muro da Ilha. O principal alvo, no mundo virtual e real, foi mesmo o antes intocável DS87. “Lavra D$ falso ídolo”, dizia umas das frases.
Devido a este clima hostil, o clube chegou a solicitar apoio policial na chegada do time no aeroporto. Todavia, pouquíssimos torcedores foram ao local e ainda assim para apoiar a equipe. “Somos sócios do Sport, não palhaços. O clube paga em dia e os jogadores parecem que não querem jogar”, reclamou o autônomo Rafael Alves Pereira.