Um ídolo destemperado. Nos últimos jogos, Diego Souza vive seu inferno astral no Sport. E o mais grave: as fracas atuações recentes vêm despertando a ira do torcedor rubro-negro. O fato é que o camisa 87 passa por fase turbulenta na Ilha do Retiro e não parece bem emocionalmente desde que esteve perto de deixar o Leão para acertar com o Palmeiras, há três meses. De lá pra cá, em 14 partidas, marcou apenas dois gols e tomou sete cartões, sendo seis amarelos e um vermelho. A expulsão contra o Vasco na última segunda-feira, com apenas 20 minutos de bola rolando, serviu para corroborar ainda mais esta tese.
Ao falar do cartão vermelho, Gustavo Dubeux, vice presidente do Sport, fez críticas ferrenhas à arbitragem, mas reconheceu os erros de Diego Souza. “Primeiro que o juiz premeditou essa expulsão. Como Vanderlei (Luxemburgo) falou, demorou demais para marcar a falta e acabou irritando o jogador. E o jogador entrou na do juiz. É preciso ter cabeça fria e não entrar quando se há uma parcialidade tamanha do juiz. Agora, não podemos ter expulsões mais por reclamação. Vamos falar com o grupo”, prometeu.
O detalhe é que a má fase de Diego Souza no Sport veio a calhar menos de um ano depois do camisa 87 ser artilheiro do Brasileirão de 2016, com 14 gols marcados. Terminou empatado com Fred, do Atlético-MG, e Willian Pottker, da Ponte Preta. No início do ano, porém, a fase era bem mais tranquila. Diego foi, inclusive, campeão do Pernambucano, conquistando seu primeiro título na Praça da Bandeira.
CAPÍTULO 1 - O SUMIÇO
O inferno astral de Diego Souza no Sport começou quando o Palmeiras demonstrou o interesse na contratação do atleta, que vinha se destacando na seleção brasileira jogando como atacante. A novela se arrastou por quase um mês, com a imprensa paulista cravando o camisa 87 como reforço do Verdão a todo instante.
CAPÍTULO 2 - O RETORNO
Após idas e vindas, ele permaneceu na Ilha do Retiro, mas manchou sua imagem perante à torcida do Sport. Às vésperas do jogo decisivo com o Coritiba fora de casa, Diego Souza não viajou com a delegação para o Paraná alegando problemas pessoais a resolver no Rio de Janeiro. Quando voltou, disse à imprensa que não se sentia protegido pela cúpula leonina.
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CAPÍTULO 3 – FORA DA SELEÇÃO
O mau desempenho de Diego Souza não se resumiu apenas ao Sport. Em crise técnica na Ilha do Retiro, o atleta ficou fora das duas últimas convocações de Tite para a seleção brasileira após se destacar vestindo a camisa Canarinho – marcou dois gols na última vez que esteve em campo pelo Brasil, na goleada por 4x0 em amistoso contra a Austrália. Ficar fora da lista foi uma decepção que, inevitavelmente, refletiu no seu futebol dentro de campo com a camisa rubro-negra.
CAPÍTULO 4 - FALSO ÍDOLO
Mas a maior colisão entre Diego Souza e a torcida do Sport veio depois do time rubro-negro ser goleado por 5x0 para o Grêmio em Porto Alegre. No dia seguinte, os muros da Ilha do Retiro amanheceram pichados, com dizeres contra o camisa 87 e em apoio ao técnico Vanderlei Luxemburgo, que criticou o grupo abertamente após o vexame.
CAPÍTULO 5 - A EXPULSÃO
No lance do empate com o Vasco, Diego Souza sofreu falta, mas o árbitro Sandro Meira Ricci deu sequência na jogada, o que irritou o jogador. Tanto o marcador quanto o camisa 87 receberam cartão amarelo, mas o rubro-negro seguiu reclamando, até ser expulso. Na súmula, o juiz alegou ofensas como o principal motivo para o cartão vermelho. De acordo com o artigo 243-F, que versa sobre ofensas à arbitragem, a pena é de no mínimo quatro partidas de suspensão.