Se tem um jogador que já passou por tudo com a camisa do Sport e está acostumado com todas as situações é Magrão. Nesses 12 anos de clube, o goleiro conquistou nove títulos (sete Estaduais, uma Copa do Brasil e uma Copa do Nordeste) e três acessos (2006, 2011 e 2013), mas também já teve de superar momentos complicados, como as derrotas nas finais de quatro Pernambucanos (2011, 2012, 2013 e 2016, todos para o Santa Cruz) e uma Copa do Nordeste (2017, para o Bahia), além de dois rebaixamentos (2009 e 2012). Isso sem falar nas disputas continentais, Libertadores e Sul-Americana. Domingo, contra o Corinthians, a missão é evitar a queda para a Série B.
“Como diz o ditado, um é pouco, dois é bom, três já é demais. Mais uma reta final difícil, não sei se vou aguentar uma terceira”, brincou o quarentão goleiro rubro-negro, lembrando que ano passado o Leão escapou da degola na última rodada. “Já passei por todos os momentos que vocês possam imaginar aqui. Já tive outras fases piores. Em 12 anos de clube não se pode ter só flores, também tem espinhos. É o percurso normal de um atleta dentro do clube e na vida mesmo. Ora você passa por adversidades, ora pela bonança. No futebol é da mesma forma. Mas temos totais condições de reverter essa situação e escapar mais uma vez do rebaixamento”, declarou.
O goleiro Magrão comenta sobre mais uma decisão que ele terá pela frente com a camisa do @sportrecife. pic.twitter.com/R7ORFiQYP3
— Jornal do Commercio (@jc_pe) 28 de novembro de 2017
Mesmo que o confronto diante do campeão Corinthians não valha troféu, Magrão diz que esse duelo está sendo encarado como mais uma final para o Sport. “Sem dúvida essa é mais uma decisão que teremos na temporada. A terceira nossa no ano. Primeiro tivemos a final do Pernambucano, contra o Salgueiro; e outra diante do Bahia, pela Copa do Nordeste. Essa será mais uma partida decisiva. Pra gente vale título, pois pode garantir a nossa permanência na Primeira Divisão”, destacou o camisa 1.
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Da formação titular que vem atuando nas últimas três partidas e que terá a responsabilidade de encarar o Corinthians, no domingo, apenas quatro atletas têm acima dos 30 anos: o próprio Magrão (40), Durval (37), Diego Souza (32) e Raul Prata (30). Diante de um time bastante jovem, o experiente arqueiro sabe que cabe aos mais velhos tranquilizar o restante do grupo nesse momento decisivo.
“É nessa hora que os mais jovens amadurecem mais rápido, no momento difícil. Os mais experientes têm de passar tranquilidade, porque alguns jogadores mais novos podem se desesperar, perder a confiança e não conseguir jogar o que normalmente jogam. Na hora da pressão e da cobrança, os mais jovens podem sentir. Por isso, temos que mostrar pra eles que é uma fase e que é preciso lidar com isso. Futebol é momento. No bom não pode se empolgar e no ruim não tem de se abalar. Nosso papel é procurar dar moral e confiança”, enfatizou.
FUTURO
O vínculo de Magrão com o Sport é até dezembro de 2018 e, se depender dele, o possível último ano como profissional será na Primeira Divisão. “Hoje só penso em ajudar o time a permanecer na Série A. Não vejo e nem penso em outra coisa”, falou.