Menos de 24h após assegurar a permanência do Sport na Série A, Daniel Paulista participou de bate-papo com repórteres do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação. Falou da experiência, da meta de ser técnico e da alegria de ter cumprido a missão no Leão.
SALVADOR
Eu não sou o salvador, eu sou um cara que faço o meu trabalho, que procuro, a cada dia, estar melhorando, buscando novas informações, novos conhecimentos... E eu não faço nada sozinho. Aqui (no Sport) existem vários fatores que têm que conspirar juntos, que têm que andar para um mesmo lado para que os objetivos possam acontecer.
FORÇA
Salvar a equipe do rebaixamento por dois anos consecutivos e falar que foi um trabalho fácil não é a realidade. Mas é aquilo que eu falo: a gente tem de seguir trabalhando, estar sempre acreditando. Foi essa a mensagem que eu passei para os atletas. Inclusive, após aquela derrota contra o Palmeiras. Disse que não ia amolecer, mesmo diante do quadro negativo, com quase 90% de chances de rebaixamento. Eu não ia fraquejar. Amolecer é para fraco e fraco não pode trabalhar no futebol. E foi dessa forma que nós conseguimos dar essa virada no time. Tornar a equipe mais competitiva, mais vibrante dentro de campo e foi o que fez o time conseguir, mais uma vez, esse objetivo tão grande. Não só para o clube, mas para mim também, individualmente, com os objetivos profissionais que eu tenho. Vejo essas duas fugas do rebaixamento como títulos, tem que ser encarado dessa forma. Saio completamente satisfeito.
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EFICIÊNCIA
Todas as vezes que eu fui acionado, consegui cumprir o meu objetivo. Tanto no passado, como este ano. No início do ano, cumprindo todos os objetivos à frente da equipe. Nunca houve uma desclassificação, nunca houve nada, com um percentual altíssimo de aproveitamento. Agora, mais uma vez, salvando a equipe do rebaixamento, conquistando mais um objetivo grande... Chegou um determinado momento, principalmente após a derrota contra o Atlético-GO, que eu tinha que mudar. Tentar uma última cartada porque as peças não estavam se encaixando. A partir daquele momento, foi uma equipe completamente diferente e conseguimos buscar os resultados nas três últimas rodadas.
MUDANÇAS
Eu trabalho para o bem do Sport. Então, eu entendi que, naquele momento, precisava haver algumas trocas. A equipe não estava rendendo. E eu tinha que buscar uma solução dentro do próprio elenco. São jogadores de qualidade, o problema foi o momento. Muitos não estavam rendendo o que podiam. As trocas fizeram com que a equipe voltasse a crescer na competição. O próprio Rithely entrou ontem (domingo) e foi muito bem. O Rogério era um jogador que vinha bem, que jogou comigo em várias oportunidades, mas que, na minha opinião, não atravessou um grande momento... Mas quando entraram foram bem. Deram a sua parcela de contribuição.
FUTURO
Tudo que vem acontecendo comigo aqui dentro (do Sport) é um aprendizado. São etapas que eu venho cumprindo, venho conquistando os objetivos. Eu nunca escondi de ninguém, nem dos treinadores que passaram aqui: eu tenho um objetivo e eu vou ser treinador. Agora se vai ser aqui, se vai ser agora ou vai ser futuramente é uma coisa que o futuro que vai dizer. É uma coisa que eu também vou analisar no momento certo. As coisas vão acontecendo, como sempre aconteceram na minha vida. No momento agora o panorama é esse. A diretoria vai em busca de um outro técnico para o clube no ano que vem. Eu sigo a minha função aqui dentro do Sport. Agora, no futuro, ninguém sabe o que vai acontecer.