Sport segue sem técnico, sem vice de futebol e sem acerto com atletas

Indefinição. Essa é a palavra que melhor se encaixa no atual momento do Sport. Ao invés de o planejamento para a próxima temporada estar a todo vapor, a morosidade dos dirigentes rubro-negros predomina na Ilha do Retiro. Nesse final de ano, a diretoria ainda não definiu o novo treinador para comandar o time em 2018, não escolheu o nome do novo vice-presidente de futebol do clube (após a saída de Gustavo Dubeux) e, até o momento, nenhum dos 12 jogadores que têm seus vínculos se encerrando com o clube nesse mês assinaram a renovação.

Apesar de as reuniões entre a cúpula diretiva do Sport já vir acontecendo ao longo dessa semana, nada foi resolvido. O presidente Arnaldo Barros, inclusive, só participou do primeiro encontro da última segunda-feira - passou a semana viajando a trabalho - e, sequer, esteve presente na coletiva de quarta para comunicar a saída de Dubeux. Com as ausências dos dois principais nomes diretivos do clube, a responsabilidade de conduzir as primeiras negociações rubro-negras está sendo de Alexandre Faria. Uma ironia, já que o trabalho do executivo de futebol está sendo contestado dentro do clube. O próprio Gustavo afirmou que já tinha “aconselhado Faria a fazer um coaching para melhorar em alguns aspectos”.

Quando o assunto é treinador, os dirigentes do Sport continuam sem ter uma linha de raciocínio e ainda não definiram o perfil do novo comandante rubro-negro para entrar de cabeça no mercado à procura do nome ideal. Nos últimos anos, a aposta foi na “grife” de: Paulo Roberto Falcão, Oswaldo de Oliveira, Ney Franco e Vanderlei Luxemburgo. Mas, quem deu certo mesmo, foi o emergente Daniel Paulista, que por dois anos seguidos livrou o time do rebaixamento à Série B.

Ao longo da semana, a reportagem do Jornal do Commercio entrou em contato com empresários de oito jogadores do atual elenco do Sport e, apenas um deles, afirmou ter sido procurado pela diretoria do Sport para negociar novos contratos. Com o acordo com o Leão se expirando nesse mês, o zagueiro Durval já demonstrou interesse em renovar por mais um ano, mas as conversas para que o desejo pudesse ser concretizado foram superficiais. “Meu contrato acaba de 31. Depois estou no mercado. Se não renovar com o Sport, posso jogar por mais um ano por outro clube. O pessoal daqui (diretoria) falou comigo e fez o convite, mas ainda estou aguardando um contato oficial”, declarou o camisa 4.

VÍNCULOS LONGOS

A incerteza não para nos atletas que estão ficando sem vínculo. Até os jogadores com contratos mais longos estão com o futuro indefinido. O volante Rithely, acordo até 2022, está na mira do Atlético-MG. A diretoria do Galo já teria feito proposta de 1,5 milhões de euros (cerca de R$ 5,5 milhões) por 50% dos direitos econômicos. O cabeça de área demonstrou interesse de respirar novos ares, mas os leoninos pedem dois milhões de euros para negociá-lo.

Quem também vive um impasse é Diego Souza. Figura constante nas convocações do técnico Tite, o meia-atacante sonha em disputar a Copa do Mundo, na Rússia. Nas últimas declarações antes do término da temporada, o camisa 87 deixou o seu futuro em aberto, mesmo com vínculo até dezembro de 2018.