Em uma partida sem muita empolgação, o Sport não encontrou dificuldade para vencer o Salgueiro por 3x0, na noite desta segunda-feira, na Ilha do Retiro, e assegurar o terceiro lugar do Campeonato Pernambucano. Pablo Pardal (2x) e Léo Ortiz marcam para o Leão - todos saíram no segundo tempo. Nem mesmo a vitória com o placar dilatado foi o suficiente para a torcida rubro-negra não pegar no pé do time.
Ao longo de toda a partida era possível ouvir as vaias da torcida, bastante chateada com o desempenho da equipe não somente no duelo com o Carcará, mas ao longo do primeiro trimestre - eliminado da Copa do Brasil e do Estadual. Agora, o Sport só volta a campo no dia 15, quando estreia na Série A do Brasileiro contra o América-MG, às 11h, no estádio Independência, em Belo Horizonte.
O JOGO
Com a falta de atratividade na disputa pelo 3º lugar do Campeonato Pernambucano, já era esperado que Sport e Salgueiro protagonizassem um futebol ineficiente e de pouca qualidade técnica. O primeiro tempo na Ilha do Retiro foi algo sofrível. Apesar de a vitória significar a vaga na Copa do Brasil de 2019, o Carcará não se mostrou nenhum pouco empolgado para se lançar ao ataque e iniciou o confronto posicionado na defensiva, esperando o Leão tomar a iniciativa. Por sua vez, os rubro-negros se apresentavam de maneira morosa, postura que mostrou em muitas rodadas ao longo do Estadual.
Diante da apatia dos jogadores leoninos, não demorou muito para os poucos torcedores que compareceram à Ilha do Retiro perderem a paciência. Aos 25 minutos, já era possível ouvir nas arquibancadas os gritos de "vergonha, vergonha... Time sem vergonha". A cada minuto que se passava no cronômetro, um novo cântico era entoado pela torcida rubro-negra. Desta vez, aos 30, a rima foi "Não é mole não, tem de ter garra pra jogar no meu Leão".
Com os ânimos a flor da pele, a cada passe errado do Sport, começavam os apupos. Os principais alvos eram o lateral-direito Raul Prata e o meia Gabriel. Porém, ao final do primeiro tempo, time inteiro recebeu uma sonora vaia. O único poupado foi o goleiro Magrão, que teve o seu nome gritado pelos torcedores.
Na volta para a etapa complementar, o Sport se mostrou disposto a garantir a vitória e evitar o vexame de terminar na 4ª colocação (a última vez que o Leão terminou o Pernambucano sem figurar entre os três primeiros da competição foi em 1952). Tanto que, aos oito minutos, o triunfo começou a ser desenhado. Lançamento de Everton Felipe virando o jogo da direita para esquerda para Marlone. O camisa 10 dominou já dando um passe de peito para deixar Pablo Pardal na cara de Mondragon e tocar na saída do goleiro do Salgueiro: 1x0.
Não demorou muito para o Sport produzir uma nova oportunidade para ampliar o marcador. E, novamente, com Marlone. Desta vez, o meio-campista deixou Everton Felipe frente à frente com o arqueiro do Carcará. Mas, na hora de finalizar, o prata da casa tentou uma cavadinha e acabou parando nas mãos de Mondragon. Everton, por sinal, fazia sua primeira partida como titular desde que se recuperou da cirurgia no ligamento do joelho. Durante o duelo com o Salgueiro, por várias vezes o camisa 97 colocou a mão no joelho, mostrando preocupação.
A tranquilidade veio em dose dupla. Aos 29 minutos, Marlone cobrou escanteio na primeira trave, Anselmo raspou de cabeça e Léo Ortiz apareceu sozinho na segunda trave para empurrar de peito para o fundo das redes: 2x0. Quatro minutos depois, mais o gol leonino. Sander foi à linha de fundo e cruzou rasteiro para Pablo Pardal, que com categoria, finalizou de letra: 3x0. Porém, nem mesmo o placar dilatado, abrandou os 932 torcedores, que deixaram o estádio com ar de preocupação.
FICHA DA PARTIDA - SPORT 3X0 SALGUEIRO
SPORT: Magrão; Raul Prata, Ronaldo Alves, Léo Ortiz e Sander; Anselmo, Neto Moura (Fabrício), Everton Felipe (Éldder); Marlone, Gabriel e Pablo Pardal. Técnico: Nelsinho Baptista.
SALGUEIRO: Mondragon; Escuro, Maurício, Marlon e Juninho (Izaldo); Pêu, Jaildo (Fabiano), Dadá e Alexon (André Victor); Neverton e Willian. Técnico: Sérgio China.
Local: Estádio da Ilha do Retiro, no Recife. Árbitro: Luiz Cláudio Sobral (PE). Assistentes: Bruno César Chaves Vieira e John Andson Alves Ribeiro. Gols: Pablo Pardal, aos 8 e aos 33 minutos, e Léo Ortiz, aos 29 do 2º Tempo. Cartões amarelos: Anselmo, Léo Ortiz (SPO) e Pêu, Neverton, Dadá (SAL). Público: 932 torcedores. Renda: R$ 12. 670,00.
